Destreza de Villas-Boas deixa FC Porto a duas vitórias do título

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Guarín fez o seu terceiro golo na Liga Reuters

A 11.ª vitória consecutiva na Liga (2-0 em Leiria) permitiu ao FC Porto colocar-se a 13 pontos de distância do Benfica e a apenas duas vitórias do título. Se vencer na recepção à Académica e na deslocação à Luz, a equipa de Villas-Boas garantirá matematicamente a conquista do campeonato.

Em Leiria, num ritmo “poupadinho” (e talvez a pensar no CSKA), o FC Porto precisou de uma mudança táctica ordenada por Villas-Boas para ultrapassar a União. É que a equipa de Pedro Caixinha optou por uma táctica ultra-defensiva e isso causou problemas ao FC Porto, que demorou algum tempo a adaptar-se a uma defesa contrária com cinco homens, ajudados de perto por mais quatro. O “autocarro” de Caixinha, que de vez em quando tentava o contra-ataque, foi barrando os ataques portistas, até porque Hulk continua a complicar muitas vezes, por causa da seca de golos.

Com Moutinho também em bom plano no meio-campo, foi Belluschi a destacar-se na primeira parte. O argentino fez o remate mais perigoso (17’), obrigando Gottardi a uma boa defesa, e foi protagonista de dois lances polémicos, em que caiu na área (23’ e 31’).

O FC Porto terminou a primeira parte com 66 por cento de posse de bola e 11 remates, embora apenas três deles bem enquadrados. Um sinal claro de domínio, mas também da falta de concentração de uma equipa que não acelerou muito e parecia esperar que o golo aparecesse naturalmente, como que caído do céu.

Após o intervalo, Villas-Boas percebeu que era necessário agir. Tirou Varela e lançou James, recuando Moutinho para “trinco” e adiantando Guarín. E o médio colombiano, que já tinha marcado em Moscovo, demorou apenas quatro minutos a dar razão ao treinador: com um grande remate de fora da área, Guarín (59’) marcou o seu terceiro golo no campeonato.

Tal como aconteceu em Olhão e em Moscovo, Villas-Boas voltou a desbloquear um jogo com mexidas a partir do banco, mostrando grande destreza táctica.

O golo abriu mais espaços para os portistas e as oportunidades sucederam-se, com Gottardi a provar que é mais um bom guarda-redes a emergir em Leiria. Evitou primeiro o golo de Hulk (65’) e depois de Falcao (75’), que ficou 
em branco frente ao Leiria.

Falcao não marcou, mas até final ainda houve tempo para Hulk pôr fim a uma série de oito jogos sem marcar. Derrubado na área por Gottardi, o brasileiro converteu o penálti e dedicou o seu 20.º golo no campeonato ao Japão, país onde jogou quatro anos e que enfrenta os danos de um tsunami: “Japão, o meu coração chora”, era a mensagem na camisola interior do brasileiro.

Notícia actualizada ás 22h32
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