Porque reivindico coragem e visão política para governar e legislar num horizonte temporal superior a quatro anos, apartado de interesses imediatos e pessoais. Onde queremos estar e como queremos ser daqui a 30 anos? Para uma verdadeira estratégia nacional!

Porque reivindico coragem para acabar com certas regalias e privilégios políticos que são verdadeiros absurdos injustificados; porque reivindico coragem e empenho para combater a corrupção e as desigualdades que promove; porque reivindico maior transparência na gestão das contas estatais, das suas empresas e dos seus recursos e é fundamental uma clara separação entre os interesses públicos e as influências de esfera privada.

Porque é fundamental tornar a nossa justiça mais célere e eficiente capaz de resolver os impasses das pessoas sem as arrastar em processos intermináveis e financeiramente ruinosos; porque é urgente rever as condições de trabalho e a sua legislação, combatendo a precariedade mas permitindo flexibilidade de contratação às empresas; porque estou consciente que estas mudanças também têm de partir das pessoas e dos cidadãos votantes.

É preciso desafiar a autoridade sim, e não apenas anuir com a cabeça. Forçar quem elegemos a cumprir o que se propõe e não apenas queixarmo-nos no café onde ninguém nos ouve. Temos que contrariar o nosso desinteresse, a nossa abstenção e voto em branco que ao contrário que muitos pensam não transporta mensagem alguma.

A conquista democrática e os direitos pelos quais os nossos pais lutaram foram fundamentais. Mas agora está na hora de levar a nossa jovem democracia à maturidade. É possível fazê-lo com sangue novo, determinação e coragem! Pelos que aí vêm depois de nós.