Discurso de Cavaco "paira" no debate da moção de censura

No debate, Miguel Macedo, líder parlamentar do PSD, começou por dizer que a moção bloquista era um “frete” a Sócrates. E depois fez num breve balanço de seis anos de governação do PS, citando o aumento do défice, do desemprego, do endividamento, a taxa de pobreza, o aumento das desigualdades… Tudo indicadores económicos usados, 24 horas antes na mesma sala, por Cavaco Silva.

Na resposta, o chefe do Governo nunca mencionou o Presidente, claro. Mas justificou-se com a crise económica mundial – ignorada por Cavaco – e foi lembrando que a taxa de pobreza reduziu-se de 2004 a 2008.

Ora, os dados dos seis anos de governação não podem ser confundidos com os últimos dois anos. “Pretender estender esses resultados [dos anos de crise] a todos esses anos é errado e pouco sério”, afirmou José Sócrates.

Mas já antes Cavaco tinha “passeado” nos discursos, aí explicitamente. De Francisco Louçã, líder e deputado do Bloco de Esquerda, que citou as expressões “década perdida” e “há limites para os sacrifícios”.

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