A alma do Benfica voltou a durar até ao fim

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Maxi pereira foi um dos melhores jogadores do Benfica Rafael Marchante/Reuters

Benfica e PSG eram equipas com prioridades diferentes e assumidas pelos seus treinadores. Depois da derrota em Braga, os “encarnados” deixaram de pensar no campeonato e puseram as fichas todas nas provas a eliminar, como esta Liga Europa, e Jorge Jesus meteu todos os habituais titulares em campo, com a excepção de Aimar, cujo lugar foi ocupado, como habitual, por Carlos Martins. Já a formação parisiense definiu a liga francesa como prioritária (ainda pensa em apanhar o líder Lille, que está a cinco pontos) e o seu técnico Antoine Kombouaré deixou em Paris alguns dos seus habituais titulares, como Claude Makelelé ou Ludovic Giuly.

Mas o jogo das prioridades (com alguma psicologia pelo meio) confundiu as expectativas e foi o PSG quem começou por se mostrar mais perigoso e com mais vontade de ganhar, aproveitando muito bem o menor fulgor físico dos lisboetas.

A espaços, o Benfica lá se aproximava da baliza de Edel mas o PSG, mais fresco, parecia sempre um segundo à frente do seu adversário. O turco Erdinç foi o primeiro a ameaçar aos 5’, mas Roberto opôs-se bem. Seis minutos depois, os franceses chegariam ao golo. Uma excelente jogada de Nené, que faz o passe para Luyindula, antigo internacional francês, inaugurar o marcador.

O Benfica não conseguiu reagir de imediato e esteve bem perto de sofrer mais, com Roberto e o poste a corrigirem o que os erros defensivos teimavam em oferecer. Só perto do fim da primeira parte é que os “encarnados” entraram no ritmo e justificaram o golo do empate que surgiria aos 42’, depois de Maxi Pereira de ter desmarcado na perfeição para receber um passe de Carlos Martins.

O Benfica não entrou da mesma maneira na segunda parte e permitiu algum descanso aos franceses, mas recuperou alguma capacidade quando entraram Aimar e Jara para os lugares de Gaitán e Salvio. Os “encarnados” carregaram, o PSG entregou o jogo e foram os dois mais frescos a construir o golo da vitória. Aimar mete a bola nos pés de Jara e 2-1 para o Benfica aos 81’, depois de um lance em que Saviola foi derrubado na área gaulesa mas o árbitro não assinalou penálti. Vitória merecida e demonstração de alma, apesar do cansaço.

POSITIVORoberto

Depois de ter sido um dos vilões da derrota em Braga, o guardião espanhol do Benfica foi um dos heróis, ao impedir que o PSG se adiantasse mais no marcador quando estava por cima no jogo.


Maxi Pereira

É um jogador que dá tudo em todos os jogos e é daqueles que parece não acusar o cansaço. Cumpriu o seu papel e ainda marcou um grande golo. O melhor do Benfica.


Nené

Kombouaré pode ter abdicado de alguns jogadores importantes, mas não dispensou este talentoso e experiente médio brasileiro, o homem mais perigoso do PSG. O golo francês é quase todo dele.


NEGATIVOSidnei

Entrou nervoso no jogo e quase todas as jogadas de perigo do PSG tiveram a sua marca. Só descansou quando os franceses deixaram de atacar. Luisão também não esteve muito bem.


Pavel Kralovec

Um erro grosseiro do árbitro checo que influenciou o resultado. Não viu a falta de Makonda sobre Saviola dentro da área do PSG, um penálti indiscutível que ficou por marcar. E os árbitros de baliza também não viram nada.


Ficha de jogo

Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa.


Assistência Cerca de 35.000 espectadores


Benfica

Roberto 7, Maxi Pereira 7, Luisão 5, Sidnei 4, Fábio Coentrão 6, Javi García 6, Sálvio 5 (Jara 6, 66’), Carlos Martins 6 (César Peixoto -, 85’), Gaitán 5 (Aimar 6, 71’), Saviola 5 e Cardozo 6. Treinador Jorge Jesus

PSG

Apoula 6, Ceará 6, Traoré 5, Camara 6, Makonda 5 (Makhedjouf -, 75’), Armand 6, Bodmer 6 (Kebano 5, 70’), Chantôme 5, Luyindula 6 (Maurice 5, 44’), Nené 7 e Erdinc 6. Treinador Antoine Kombouaré

Árbitro

Pavel Kralovec 4, da República Checa.

Amarelos

Sálvio (26’), Armand (30’), Ceará (39’), Nené (83’) e Camara (91’).

Golos

0-1, por Luyindula, aos 14’; 1-1, por Maxi Pereira, aos 42’ e 2-1, por Jara, aos 81’.

Notícia actualizada às 22h48
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