Rede de Lisboa para carros eléctricos pronta no Verão

Que Lisboa ia ter 687 postos de carregamento de veículos eléctricos já se sabia, mas só ontem, depois de um trabalho que segundo o vereador do Ambiente Urbano levou perto de um ano a concluir, foi conhecida a sua localização. Sá Fernandes diz que essa rede estará em funcionamento "no máximo até ao Verão" e tornará a capital portuguesa líder em termos europeus no domínio da mobilidade eléctrica.

Actualmente, são 54 os postos em funcionamento na cidade, mas o vereador está convicto de que com a instalação dos outros 633 deixará de existir um dos "principais obstáculos" à "electrificação do transporte urbano": a inexistência de infra-estruturas de carregamento. Depois haverá ainda que contornar o "elevado preço" das viaturas e a "pouca diversidade de modelos e categorias", questões a que Sá Fernandes diz que, apesar de tudo, a indústria automóvel "tem respondido".

Já o presidente da Câmara de Lisboa admitiu que nos primeiros anos a oferta de postos para carregamento das baterias vai superar a procura, mas defendeu que só assim se "dá confiança" aos portugueses para adquirirem carros movidos a electricidade. "Não podíamos ficar à espera que a indústria produzisse as viaturas. Só havia uma forma de romper isto: pôr o ovo, para que do ovo possa nascer a galinha", disse António Costa.

Tiago Farias, vogal do conselho de administração da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa, explicou que metade dos postos (nos quais carregar uma bateria levará seis a oito horas) ficará no interior de parques de estacionamento e os restantes na via pública: mais de cem em lugares tarifados (o que, em regra, obrigará a pagar estacionamento, embora se estejam a equacionar "excepções") e os restantes em áreas em que a EMEL não está presente.

Segundo João Dias, coordenador do projecto governamental Mobi.e, o abastecimento de carros eléctricos será gratuito "até Junho", estando o Governo a trabalhar numa portaria que definirá qual o custo máximo que os fornecedores de electricidade poderão cobrar no futuro aos utilizadores dos postos. I.B.

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