Manoel de Oliveira elogia homenagem a Georges Méliès

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Idade não impede realizador de aparecer em eventos Paulo Pimenta

O realizador Manoel de Oliveira esteve, esta quarta-feira no Fantasporto, numa sessão comemorativa dos 150 anos do nascimento de Georges Méliès, uma homenagem que considerou “justa e interessante”.

“É uma homenagem muito justa. Méliès foi um construtor dos efeitos especiais, que agora, assim se chamam, de fantasia, não é? Nos dias de hoje é efeitos especiais”, disse i realizador português aos jornalistas presentes, citado pela Lusa.

O realizador, de 102 anos lembrou que na apresentação de “O Estranho Caso de Angélica”, o seu último filme, em Paris, fez a sugestão de Hollywood dar um Óscar póstumo a Méliès pela invenção dos efeitos especiais que “os americanos tanto usam, de uma maneira fortíssima”.

“Não sei se inspirou realizadores, há uns que se inspiram há outros que não, mas realmente os efeitos especiais estão hoje muito na moda são devidos a ele”, indicou o realizador.

Autor de “Viagem à Lua” e “20 Mil Léguas Submarinas”, e considerado “por muitos” o criador do cinema fantástico, o ilusionista e fabricante de brinquedos, nasceu em Paris a 8 de Dezembro de 1861.

Depois de ver uma demonstração dos irmãos Lumière, inventores do cinema, Méliès realizou 531 curtas e médias metragens entre 1896 e 1914.

Com o apoio da Embaixada de França em Portugal, o Fantasporto exibiu os inéditos “Le Grand Méliès”, de Georges Franju, e “La Séance Méliès”, de Jacques Nany.

Realizado em 1952, “Le Grand Méliès” é um biopic ficcionado que incorpora documentos “raros” a que Franju teve acesso na qualidade de director artístico da Cinemateca Francesa.

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