A mãe de todas as líderes do ranking mundial chama-se Kim Clijsters

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Clijsters (aqui no Open dos EUA) venceu os três últimos grandes torneios de ténis: EUA, Masters e Austrália Reuters (arquivo)

Bastou ganhar dois encontros no Open GDF SUEZ, em Paris, para Kim Clijsters regressar ao primeiro lugar do ranking mundial. Bastou não! A tenista belga já tinha demonstrado que é a melhor tenista da actualidade, ao conquistar os três títulos mais importantes do calendário dos últimos cinco meses: Open dos EUA, Masters (ambos em 2010) e Open da Austrália. Mas como o computador do WTA Tour traduz os resultados das derradeiras 52 semanas, só nesta segunda-feira a tenista de 28 anos tem os pontos suficientes para destronar Caroline Wozniacki. Esta é a quarta vez que ocupa o topo do ranking mas, para a história, fica o feito de Clijsters se ter tornado na primeira mãe a liderar o ténis mundial.

"Estou contente por tê-lo conseguido na Europa, não foi na Bélgica, mas Paris é perto de casa. Estou orgulhosa por conseguir isto na minha segunda carreira e como mãe", afirmou Clijsters, logo após consumar a vitória sobre Jelena Dokic nos quartos-de-final do Open de Paris e receber o correspondente troféu das mãos de Amélie Mauresmo - a antiga campeã francesa também chegou a número um antes de conquistar um Grand Slam, tal como aconteceu com Clijsters, quando ascendeu ao topo, em 11 de Agosto de 2003.

Desde o seu regresso em Agosto de 2009 - 18 meses depois do nascimento da filha, Jada - Clijsters detém o melhor registo vitórias-derrotas (69-12) do circuito WTA, com maior destaque desde 30 de Agosto: 27 vitórias em 30 encontros. Um domínio que permitiu destronar Wozniacki, líder há 18 semanas consecutivas, tempo durante o qual choveram inúmeras críticas ao sistema de pontuação, já que a dinamarquesa não disputou qualquer final do Grand Slam em 2010.

Esta é a primeira vez que Clijsters ocupa o primeiro lugar do ranking desde 19 de Março de 2006, ou seja 256 semanas depois, sendo o segundo maior intervalo de sempre, quer no circuito feminino ou masculino.

Clijsters vem repetindo que 2011 será a sua última época a tempo inteiro no circuito, planeando retirar-se após os Jogos Olímpicos de Londres, no Verão de 2012. Até lá, terá ainda muitos recordes pessoais para bater: terminar o ano no topo do ranking, pois o melhor que Clijsters conseguiu foi terminar 2003 e 2005 no segundo lugar ; vencer mais que um Grand Slam no mesmo ano ou na Europa - em Roland Garros, a belga foi finalista em 2001 (perdeu com Jennifer Capriati, por 1-6, 6-4, 12-10) e em 2003 (Justine Hénin); em Wimbledon, atingiu as meias-finais, em 2003 (Venus Williams) e 2006 (Hénin). E se voltar a triunfar no Open dos EUA, será o terceiro consecutivo para Clijsters, uma proeza que não acontece no ténis feminino desde as vitórias de Chris Evert entre 1975 e 1978.

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