PSD tomou "boa nota" da disponibilidade do CDS para coligação
Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à empresa Cisco Systems, em Oeiras, Pedro Passos Coelho nada mais quis dizer, "nesta altura", sobre uma eventual coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS-PP.
Questionado se essa é uma possibilidade fora de questão, o presidente do PSD começou por recusar fazer qualquer comentário, alegando não querer que o acusassem de condicionar o debate que os democratas-cristãos vão realizar a propósito das directas e do congresso do CDS-PP.
"Nós tomámos boa nota daquilo que ouvimos da parte do doutor Paulo Portas. Não temos, nesta altura, nada a dizer, a não ser aquilo que temos dito", disse, depois, Pedro Passos Coelho.
O presidente do PSD reiterou que "não há eleições à vista no país, em primeiro lugar", e que, "em segundo lugar, o país precisa de uma alternativa de Governo", mas não precisa "que os partidos estejam impacientes ou estejam demasiado desejosos desse Governo".
Por outro lado, segundo Passos Coelho "é sabido que à direita do PS há uma capacidade maior de entendimento", mas "esse entendimento deve ser feito à volta de ideias, de programas, e não, nesta altura, de listas".
"Não vale de nada ganhar eleições sem que as pessoas acreditem que esse projecto é o projecto que é importante para o futuro do país", defendeu.