Portuenses plantam árvores em defesa do Parque da Cidade

O Movimento pelo Parque da Cidade (MPC), em colaboração com a Câmara do Porto, planta hoje cerca de 20 árvores em terrenos já integrados no parque, mas que ainda pertencem à imobiliária Imoloc.

Nuno Quental, do MPC, disse à Lusa que a plantação vai funcionar, simbolicamente, como uma espécie de "ocupação de espaço" e visa dar continuidade à campanha de protecção do maior parque público da Área Metropolitana do Porto.

Para colaborar na plantação das árvores, pertencentes à Câmara, foram convidados os alunos de duas turmas da Escola Secundária Leonardo Coimbra e do Colégio de Nossa Senhora de Lourdes.

Nuno Quental referiu que as árvores são de uma espécie de folha permanente com vários exemplares na Avenida Montevideu e que suporta os ventos marítimos fortes que caracterizam o local, uma zona relvada situada próximo do novo viaduto, junto à colina mais alta.

As árvores vão ser plantadas numa área ainda pertencente a um consórcio liderado pela Imoloc, que negociou com o anterior executivo municipal uma permuta de terrenos de muito menor dimensão nas franjas do parque, com o objectivo de aí implantar um projecto imobiliário.

Este projecto foi contestado por um grupo de cidadãos do Porto, que em Abril de 2001 fundou o MPC e meses mais tarde terminou a recolha de 7500 assinaturas para a convocação de um referendo local sobre a construção de frentes urbanas em redor do parque.

Este referendo nunca chegou a ser convocado, porque o novo executivo camarário, liderado por Rui Rio, garantiu que não autorizará construções em redor do parque até ao final do mandato.

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