Governo não assume compromisso sobre actualização dos preços dos transportes

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António Mendonça deixou em aberto o aumento do preço dos trasnportes públicos Adriano Miranda (Arquivo)

“Há muitos factores que são imponderáveis e, portanto, não podemos assumir compromissos relativamente a essa matéria [aumento do preço dos transportes públicos], nem que vão aumentar, nem que não vão aumentar”, afirmou António Mendonça aos jornalistas no final de uma audição na comissão parlamentar de Obras Públicas Transportes e Comunicações.

Durante a audição na comissão parlamentar, António Mendonça afirmou que os aumentos que entraram em vigor no primeiro dia de Janeiro “foram já comidos pelo aumento dos preços dos combustíveis”. No início do ano, os passes sociais aumentaram 3,5 por cento e o global das tarifas subiu 4,5 por cento. O ministro sublinhou ainda que o aumento dos preços dos transportes públicos “procura comportar a evolução dos custos e dar condições de sustentabilidade para que as empresas possam funcionar”.

A aproximação do preço dos combustíveis à barreira psicológica dos 100 dólares nos mercados internacionais voltou a sentir-se no início de Janeiro. O crude atingiu o valor mais alto dos últimos dois anos, com o barril de referência na Europa para entrega em Fevereiro a fechar nos 95,90 dólares no mercado de Londres. Até Setembro, os preços estiveram relativamente estáveis; só a partir dessa altura subiram cerca de 25 por cento.

Já depois disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta as previsões da procura mundial de petróleo para este ano, para 89,1 mil milhões de barris diários.

António Mendonça esteve hoje no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre os planos de reestruturação das empresas de transportes e o aumento dos preços, onde afirmou que não estão planeados despedimentos colectivos nas empresas de transportes públicos.

Notícia actualizada às 19h17