Primeira parte de grande nível mantém o FC Porto com hipóteses na Taça da Liga
Kanu foi o único titular do Beira-Mar que também esteve no “onze” que venceu em Leiria para o campeonato (e também o único que participou de início na derrota dos aveirenses no Dragão na 2.ª jornada da Liga). O defesa-central foi, para este jogo, a única aposta de Leonardo Jardim com mais de dez jogos na Liga.
O apetite do FC Porto, que também poupou Rolando, Sapunaru, Belluschi, Varela ou o lesionado Falcao, mas apresentou muitas figuras de primeira linha, juntou-se a um Beira-Mar enferrujado para criar uma primeira parte de sentido único. Aos 7 minutos, Walter marcou no segundo remate portista, numa recarga a um livre directo de Hulk, e o segundo golo não demorou muito a surgir. Emídio Rafael não desistiu após passe de Walter e estreou-se a marcar pelo FC Porto.
O FC Porto, muito rápido, entretinha-se a roubar a bola, o Beira-Mar a perdê-la e a demorar a emendar os erros. Os ataques velozes dos “azuis e brancos” terminavam quase sempre em perigo e o encontro parecia mesmo destinado a uma goleada quando Fernando fez o 3-0, num grande remate de fora da área.
Os atacantes portistas “acotovelavam-se” para marcar, mas as coisas mudaram ao intervalo. Com o triunfo garantido para tirar o sabor amargo do Nacional, Villas-Boas retirou Hulk e João Moutinho e, coincidência ou não, a intensidade e a fluidez de jogo desceram bastante. Com o resultado feito, foi preciso quase esperar até ao fim para Walter voltar a ter uma grande oportunidade. O Beira-Mar, claro, melhorou na segunda parte, conseguiu subir mais, mas os remates não fizeram mossa.
O mais jovem da história do FC Porto, Sérgio Oliveira, estava do outro lado – cedido pelos “dragões” -, mas talvez tenha sido o chinês Wang o homem mais destacado do 8.º classificado da Liga. O guarda-redes Paes, contudo, foi quem teve mais trabalho.
Notícia actualizada às 23h20