Não foi preciso o melhor Benfica para começar 2011 a vencer

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O Benfica entrou na Taça da Liga com uma vitória Foto: Pedro Cunha

Não foi necessária a melhor equipa, nem tão pouco uma grande exibição para o Benfica sair da primeira parte com o jogo praticamente resolvido. E o encontro até começou por dar mais Marítimo, antes de o clube insular dar um tiro com pontaria no próprio pé e comprometer a concentração e o encontro.

Um passe errado no meio campo, aos 24’, encontrou pelo caminho Gaitán, que iniciou um contra-ataque tão rápido como fulminante, com a bola a passar por Carlos Martins antes de encontrar arte nos pés de Salvio e só parar no fundo das redes de Peçanha.

Lançado na partida como uma espécie de amuleto, o guarda-redes suplente do Marítimo, protagonista de uma grande exibição neste mesmo palco na temporada passada, quando os madeirenses voltaram a casa com um empate a uma bola na ronda inaugural da Liga, saiu desta vez de Lisboa com um gosto amargo na boca. O segundo golo, aos 39’, surgiu após uma grande defesa, mas incompleta.

Os dois golos dos “encarnados” acabaram por esconder muitas das deficiências dos lisboetas na primeira metade. Tal como prometeu, Jorge Jesus mexeu em metade da equipa e, apesar das alterações anunciadas, não deixou de surpreender, ao promover a estreia absoluta de Fábio Faria, que alinhou como lateral esquerdo. A aposta não durou para a segunda metade.

A realidade é que até ao golo viu-se muito pouco da equipa da casa, que chegou mesmo a ceder a iniciativa ao Marítimo, que teve uma oportunidade soberana para inaugurar o marcador, aos 13’, quando Tchô, isolado, cabeceou inexplicavelmente para a figura de Moreira.

Com o primeiro golo, mudou essencialmente o ânimo dos insulares. E pior ficou quando um livre de Carlos Martins originou o segundo, após uma recarga de Saviola (os insulares reclamaram fora-de-jogo do argentino no lance).

O intervalo não trouxe inspiração ao Marítimo, mas deu alguma consistência ao triunfo do Benfica, que poderia ter desnivelado mais o resultado. Os lisboetas queixaram-se ainda de uma grande penalidade não assinalada, num lance em que Salvio é derrubado na área maritimista, aos 67’.


POSITIVO e NEGATIVO

+


Salvio
Um grande golo que abriu as portas do triunfo. Bisou no último encontro oficial de 2010 (na vitória por 5-2 frente ao Rio Ave, para a Liga) e voltou a demonstrar instinto goleador na abertura de 2011. Promete.

Carlos Martins
A render Aimar, esteve nos dois golos da sua equipa.

Baba
Bem tentou contrariar a derrota, mas os seus companheiros não corresponderam.

-


Marítimo
Prometeu muito, mas acabou por ser um adversário dócil, com poucos argumentos defensivos e atacantes.

Kardec
Não lhe faltaram oportunidades, faltou-lhe talento. Cardozo ficou de fora, mas não tardará a recuperar o lugar.

Fábio Faria
Pouco convincente e nervoso nesta estreia absoluta, acabou substituído por César Peixoto.
Notícia actualizada às 22h29
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