TAAG suspende voos da frota 777 200-ER depois de novo incidente com avião

A companhia aérea angolana TAAG decidiu suspender todos os voos 777 200-ER e exigir esclarecimentos dos construtores depois de o avião que recentemente perdeu peças em Almada ter sofrido problemas num reactor em Luanda.

“Face à ocorrência de dois incidentes similares em 17 dias, por razões de segurança e prudência, a TAAG decidiu suspender todos os voos com a frota dos 777 200-ER e exigir esclarecimentos da Boeing e da General Electric, construtores do aviões e dos motores, que já iniciaram uma investigação”, disse Rui Carreira, que preside à comissão de gestão da TAAG.

Segundo explicou, a companhia decidiu deixar em terra os seus aparelhos “por razões de segurança” e iniciar um processo de averiguações para concluir de quem é a responsabilidade pelas sucessivas falhas.

A decisão foi tomada depois de o avião, que tinha recentemente aterrado de emergência em Lisboa após ter deixado cair peças em Almada, ter sofrido quinta-feira problemas num reactor, desta feita em Luanda, onde regressou ao aeroporto com escassos minutos de voo para o Dubai.

Um minuto após a descolagem, registou-se uma falha de motor direito e a tripulação tomou a decisão de regressar ao aeroporto tendo aterrado em segurança às 21h11.

O responsável pela TAAG adiantou ainda que a companhia se “reserva o direito de tomar as disposições necessárias na defesa dos seus interesses” garantindo, todavia, “a continuidade da sua programação”.

Nas últimas semanas foram vários os incidentes com este modelo da Boeing ao serviço da TAAG, o 777 200-ER, com a queda de peças nos subúrbios de Lisboa a ser o mais grave.

Com esta sucessão de incidentes a TAAG manteve os seus aviões de longo curso em terra por cerca de três semanas, tendo, agora, voltado a optar pela suspensão dos voos com estes aparelhos, recorrendo, de novo, a aviões alugados para garantir os voos programados.

A TAAG está a atravessar “o mais grave período da sua história”, lembrou então Rui Carreira.

No entanto, Rui Carreira adiantou que são várias as companhias que estão a ter problemas com os motores do 777 200-ER, modelo que constitui toda a frota de longo curso da TAAG, detentora de três destes aviões.

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