Presidente do Leixões defende vantagens da municipalização do Estádio do Mar

Foto
Dias da Fonseca

Dias da Fonseca lembra que sócios aprovaram em 1999 a venda do estádio à autarquia. Mas pretende que eles sejam ouvidos sobre a nova abordagem da câmara

O presidente do Leixões, Dias da Fonseca, assumiu a posição favorável do clube em aceitar a municipalização do Estádio do Mar, "casa" do emblema da Liga de Honra de futebol. "Louvo a coragem da iniciativa da câmara municipal e queria deixar a mensagem de que isso pode ser um dos grandes momentos do nosso clube. Defende os interesses de Matosinhos e do clube, pois evita que o estádio possa cair em mãos estranhas, e garante um futuro e condições para que se possa continuar a exercer a prática desportiva", afirmou o presidente leixonense.

O recinto foi colocado à venda em hasta pública em Outubro, devido a uma dívida de 209.704 euros de IRC e IRS referente à gestão da época de 2001/02, mas não apareceu qualquer comparador. Durante o jantar comemorativo do 103.º aniversário do clube, na terça-feira à noite, Dias da Fonseca lembrou que a decisão da municipalização do Estádio do Mar está agora nas mãos dos sócios, que em Outubro de 1999 já haviam aprovado em assembleia geral a venda do estádio à Câmara Municipal de Matosinhos.

"O local de discussão não é aqui, é na assembleia geral do clube, mas isto tem a ver com a defesa do património do clube e de Matosinhos. Já houve uma AG onde isto foi aprovado, mas mesmo assim queremos que os sócios voltem a decidir", recordou.

O antigo presidente da câmara e actual vereador da oposição Narciso Miranda tem levantado a voz contra esta iniciativa da autarquia, que admite fazer o mesmo ao recinto do Leça F.C.. Mas José Guilherme Aguiar, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Matosinhos, reafirmou na terça-feira a vontade da edilidade em municipalizar o estádio. "O Estádio do Mar é pertença das pessoas de Matosinhos, não é só dos sócios do Leixões, é a alma do clube. O Leixões faz um trabalho que os políticos não fazem, cria jovens e cuida deles", destacou, justificando a decisão do executivo camarário para avançar com a municipalização do imóvel. PÚBLICO/Lusa

Sugerir correcção