Guimarães dedica um terço do investimento de 2011 à Capital da Cultura de 2012

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PSD não votou contra orçamento

Orçamento ontem aprovado tem um valor global de 157 milhões de euros e reserva mais de 89 milhões à Guimarães 2012

A Câmara de Guimarães vai destinar um terço do investimento do próximo ano a obras relacionadas com a Capital Europeia da Cultura de 2012 (CEC). Os equipamentos e a requalificação do espaço urbano absorvem a maior fatia do orçamento municipal, que dá também prioridade à educação e aos apoios sociais.

O orçamento, que ontem foi aprovado, tem um valor global de 157 milhões de euros, menos seis milhões do que no ano passado. Dessa verba, mais de 89 milhões destinam-se a despesas de investimento, nas quais a CEC representa o maior encargo. Para as obras relacionadas com a Guimarães 2012 estão destinados 30 milhões de euros.

O projecto CampUrbis, que vai reabilitar o antigo quarteirão industrial de Couros, é aquele que tem destinada uma verba mais elevada. A requalificação do espaço público e os quatro equipamentos que serão criados nessa área da cidade vão custar, no total, 9,2 milhões de euros. Valor idêntico é destinado à Plataforma das Artes e Criatividade, que será criada no antigo mercado municipal. Às várias obras de requalificação urbana e de construção de novos equipamentos somam-se também os dois milhões de euros transferidos para a Fundação Cidade de Guimarães referentes a despesas com a programação do evento.

Para o presidente da câmara, António Magalhães, a reabilitação urbana é "uma batalha ganha" com a ajuda da Guimarães 2012. "Não era possível fazermos aquilo que vamos fazer sem a CEC. Esta reabilitação será feita num curto espaço de tempo e é ainda mais apelativa do que a do centro histórico", avalia o autarca.

Além da cultura, o orçamento vimaranense privilegia o investimento na área da educação, prevendo obras em seis centros escolares, cuja construção vai absorver 8,2 milhões de euros. A autarquia prevê também um montante global de 1,3 milhões de euros destinados a apoios sociais.

O Plano e Orçamento de Guimarães para 2011 foi ontem aprovado, com os votos favoráveis dos vereadores do PS e as abstenções da CDU e do PSD.

Pela primeira vez em quase duas décadas, os sociais-democratas não votaram contra os documentos essenciais do município. "É uma demonstração de sentido de responsabilidade", assegura o vereador do PSD André Coelho Lima, destacando que, pela primeira vez, a maioria socialista no executivo acedeu a incluir propostas apresentadas pelos sociais-democratas nos documentos, casos do reforço das verbas a atribuir às freguesias e a criação do prémio Jovem Empreendedor.

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