Era para ser um pequeno passeio dominical, mas transformou-se numa odisseia quase fatal. No dia 31 de Outubro, um homem de 53 anos e uma mulher de 54, acompanhados por dois rapazes, de sete e oito anos (as notícias não explicam o grau de parentesco com os adultos), saíram de uma das ilhas de Kiribati para uma viagem de meia dúzia de milhas. Mas uma avaria no motor deixou-os à deriva durante seis dias, até que, no sábado, foram localizados e resgatados.

Apesar de terem enfrentado a odisseia num barco que não dispunha qualquer protecção contra os elementos, de não haver água a bordo e os alimentos serem escassos, os quatro ocupantes da embarcação encontravam-se em “bastante boas condições físicas”, segundo o comandante do navio que os resgatou. Revelavam sinais pouco preocupantes de hipotermia, malnutrição e desidratação, mas, depois de um bom banho e algumas refeições, puderam regressar a casa.

O barco, um “skiff” de alumínio com quatro metros de comprimento e sem equipamento de rádio, foi localizado por um avião da Força Aérea neozelandesa, que indicou a sua posição a um navio da Guarda Costeira dos EUA. Estava, na altura, a cerca de 200 milhas náuticas (mais de 350km) do seu ponto de partida e a 230 da porção de terra firme mais próxima. O Governo de Kiribati – uma nação do Pacífico composta por 33 atóis de coral que se estendem junto à linha do Equador – lançara um pedido internacional de ajuda na passada quinta-feira.