Bragança estuda alternativas

Transporte público tradicional é incomportável

Com uma área total de 1174 quilómetros quadrados, dividida por 49 freguesias, o concelho de Bragança tem quase 35 mil habitantes. A fuga dos mais jovens para a capital de distrito esvaziou as aldeias envolventes, onde permanecem os mais velhos, juntamente com algumas, poucas, crianças em idade escolar.

Quase 60 por cento dos lugares têm menos de cem habitantes. Com uma população bastante dispersa por uma vasta área, o custo do transporte público, tal como o conhecemos, com carreiras e horários fixos, acaba por não ser rentável e comportar custos elevados para o município. Daí que a autarquia esteja prestes a iniciar um estudo (espera-se a comparticipação do Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres, o IMTT) sobre a melhor alternativa ao modelo actual.

"O que se coloca hoje em dia é o custo elevado que os transportes em si significam, quando verificamos que temos de deslocar autocarros de grande capacidade para transportar um número reduzido de pessoas para locais, muitas vezes, muito afastados. Pode haver outras soluções, mais baratas, em que até pode ser melhorada a oferta ao cidadão", admite Rui Caseiro, vice-presidente da Câmara de Bragança.

O sistema urbano de transportes, o Stub, que funciona desde 1985, tem oito linhas rurais diárias, com mais de 170 quilómetros, e quatro semanais, com mais de 140 quilómetros de extensão, com uma reduzida taxa de ocupação, mesmo se integra a rede de transporte escolar, que no último ano lectivo transportou 717 alunos, com um custo total de quase 650 mil euros. A.G.R.

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