Hora legal portuguesa é determinada por relógios atómicos protegidos num bunker

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Relógio atómico no Observatório Nacional em Lisboa Adriano Miranda (arquivo)

A hora legal para Portugal é actualmente determinada eletronicamente por cinco relógios atómicos que estão protegidos num bunker no Observatório Astronómico de Lisboa.

“A hora tem de ser preservada com muita segurança” porque um segundo pode significar “prejuízos de milhões de euros”, explica o “guardião” da hora legal, Rui Agostinho.

Agostinho exemplifica com uma transferência bancária internacional que, num determinado momento, tem um “valor de câmbio e, no segundo seguinte, já sofreu uma variação” – e isto em “valores grandes dá milhões”.

A hora legal ganhou uma “maior importância com a facturação electrónica porque tudo passou tudo a ser registado ao segundo”, desde transferências, depósitos, concursos, bolsa, compras ou vendas, desenvolveu Rui Agostinho.

“Com os computadores a hora passa a ser precisa, ganham-se ou perdem-se concursos por um milésimo de segundo”, lembrou, referindo-se a um caso de um negócio internacional em que foram perdidos “muitos milhões” porque a proposta foi entregue segundos depois da 17h00.

Os cinco relógios atómicos que determinam a hora legal estão ligados electronicamente, pelo que é “praticamente impossível alguém adiantar ou atrasar a hora”, além de que “não se consegue entrar na sala”.

O Observatório Astronómico de Lisboa disponibiliza a hora electronicamente via Internet, sendo que dezenas de bancos, seguradoras, comerciantes, advogados e outros sectores regem-se pela hora legal para desenvolverem a sua actividade.

A hora atrasa este domingo.

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