Parlamento discute proposta do CDS-PP sobre demências e Alzheimer
Na fundamentação, o CDS-PP cita dados da associação Alzheimer Europe segundo os quais cerca de 7,4 milhões de pessoas sofrem de demência na União Europeia. Em Portugal, os casos situam-se nos 153 mil, 90 mil dos quais provocados pela doença de Alzheimer, para a qual "não existe qualquer plano ou estratégia".
O CDS-PP argumenta que "a esmagadora maioria dos doentes diagnosticados" é forçada a recorrer ao sector privado devido à "dificuldade de acesso a consultas de especialidade" no Serviço Nacional de Saúde, o que, a juntar a uma "taxa de pobreza de quase 20 por cento" em Portugal, significa que "muitos doentes podem não ser sequer diagnosticados". Assim, no projecto de resolução os democratas-cristãos pretendem que as demências e a doença de Alzheimer sejam reconhecidas pelo Governo como "uma prioridade social e de saúde pública".
O projecto de resolução advoga que a doença de Alzheimer seja reconhecida como crónica e que se faça um estudo nacional para conhecer a realidade dos doentes: quantos são, quantos são acompanhados e quantos estão medicados, entre outras questões.
Este estudo deverá resultar na elaboração de um "Plano Nacional para as Demências" que garanta acompanhamento aos doentes, com melhorias na sua qualidade de vida, garantia de acesso a cuidados paliativos, ajudas fiscais e cuidadores, e a aprovação de um estatuto da pessoa com demência.