Candidatura à FPF não passou de "pequenas conversas", diz Baía
Vítor Baía leu os actuais sinais, nomeadamente a presença das associações com Gilberto Madail, e acrescentou que “quem quiser ser presidente tem que ter a certeza absoluta de que vai para vencer e não vai só para ser candidato”.
“Basta observar que os dirigentes das principais associações, que à luz dos actuais estatutos são preponderantes na eleição da direcção da FPF, estavam na Islândia com a seleção nacional”, referiu Vítor Baía.
Para o ex-dirigente do FC Porto, que falava à margem de uma visita à exposição “O Corpo Humano como nunca o viu”, “isto quer dizer alguma coisa e algo importante. Tem a ver com a recandidatura de Gilberto Madaíl”.
“Os sinais são esses. São as associações que têm preponderância na eleição do presidente e vendo que estavam na Islândia, com a seleção, isto quererá dizer algo importante”, adiantou o ex-jogador internacional.
Baía referiu ainda que “quem quer ser presidente de uma federação não o pode ser só porque lhe apetece. Há requisitos a preencher. Se fosse só pela opinião pública era uma histórica completamente diferente”.
A iminente recandidatura do actual presidente Gilberto Madaíl é encarado por Vítor Baía como “a aposta na continuidade de quem manda no futebol português”.
“Não me agrada, nem desagrada. É o cenário actual e segue a via actual. É o cenário escolhido por quem manda no futebol português. Mantém o mesmo sentido, a mesma orientação e a mesma gestão”, considerou.
Baía defendeu ainda que enquanto a FPF não aprovar a alteração aos estatutos, adaptando-os ao novo regime jurídico, “o futebol irá continuar na ilegalidade. Sem a revisão dos estatutos não há hipótese de fazer o que quer que seja pelo futebol português”.
O ex-guarda-redes portista destacou as vitórias da seleção portuguesa de futebol nos dois últimos jogos e desejou que o selecionador Paulo Bento “tenha êxito e consiga atingir os objetivos desejados”.
Vítor Baía elogiou as capacidades de Paulo Bento e reconheceu que os jogadores deram nestes dois últimos jogos da fase de qualificação (triunfos por 3-1 sobre Dinamarca e na Islândia) “uma imagem mais próxima do seu real valor”.
“Os jogadores têm que honrar a camisola de Portugal, independentemente das circunstâncias. Infelizmente nos primeiros jogos (4-4 com o Chipre e 0-1 na Noruega) isso não aconteceu”, adiantou Vítor Baía.
Notícia corrigida às 17h08