Austrália: primeira-ministra favorável a uma Internet com filtros

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, indicou hoje estar de acordo com um polémico projecto de filtragem de conteúdos da Internet que já foi duramente criticado por alguns gigantes tecnológicos, nomeadamente pela Google, Yahoo e Microsoft.

Este sistema de filtragem de conteúdos passaria a impedir o acesso a sites que mostrassem cenas de violência, pedofilia, bestialidade e droga e seria administrado pelos fornecedores de Internet (ISP).

O polémico projecto estava a caminho de se tornar uma realidade quando acabou por ser suspenso, em Julho último, antes das eleições legislativas, ganhas por Julia Gillard.

A primeira-ministra justificou a sua opinião com questões morais: “É ilegal, na minha opinião, ir ao cinema e ver certos conteúdos. Isso é ilegal e condenável”, declarou a governante trabalhista. “Se aceitarmos este ponto de vista, parece-me que a questão moral não muda em função do media que veicula essas imagens”, acrescentou a primeira-ministra.

Os utilizadores, os trabalhadores da indústria pornografia e alguns grupos australianos ligados ao sector já estimaram que o projecto de filtragem pode ser comparado àqueles que estão em vigor em regimes totalitários.

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