A Escola Básica 2, 3 João de Meira, em Guimarães, beneficiou de obras de remodelação nos últimos oito meses. Mas, quando regressaram ao trabalho, os professores aperceberam-se de que dez salas previstas no projecto de renovação não tinham sido, afinal, construídas. O erro obrigou a improvisar espaços de aula para que o ano lectivo pudesse começar a tempo. A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) enjeita responsabilidades, lembrando que a dona da obra é a câmara local.

O plano previa que a escola, após a intervenção, ficasse dotada de 50 salas de aula. No entanto, dez dessas salas não foram construídas, alegadamente devido a um erro no projecto, avança fonte da direcção da escola. Algumas das salas de aulas que ficaram por concretizar eram laboratórios de Ciências e Físico-Química, bem como salas de Educação Visual, com características específicas para essas disciplinas. A escola elaborou os horários deste ano lectivo a contar com essas dez salas. Assim, obrigada a improvisar, transformou os novos espaços do clube de xadrez, do laboratório de robótica e dos clubes de línguas e jardinagem em salas de aula para pequenos grupos de alunos. Também o espaço da biblioteca teve que ser convertido em três salas de aulas.

"O projecto é da Câmara de Guimarães, que é a dona da obra, e foi sempre acompanhado pela direcção da escola", informa fonte da DREN, sustentando que a escola tem, neste momento, 40 salas, tantas quantas as turmas, logo as "suficientes". O PÚBLICO tentou ouvir a câmara municipal, mas sem êxito.