Linha do Norte: estudo para renovar troço Gaia-Ovar está de acordo com normas ambientais

Os mais recentes planos para a modernização do troço da Linha do Norte entre Gaia e Ovar, onde em 16 de Julho um carril deformado originou o descarrilamento de uma composição de mercadorias, estão de acordo com as normas ambientais.

Segundo o resumo não técnico do novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) relativo a esta obra, que está em consulta pública até amanhã, os reajustes feitos no estudo prévio atenuaram os impactos negativos que em 1996 determinaram um parecer ambiental desfavorável.

O novo estudo prévio aponta para via quádrupla entre Ovar e Silvalde, uma freguesia de Espinho cujo apeadeiro actual será convertido em estação.

Entre Silvalde e Gaia mantém-se a via dupla, face às fortes condicionantes de ocupação da zona envolvente ao actual canal ferroviário, prevendo-se a modernização das estações de Granja e Madalena.

Pretende-se igualmente substituir todas as passagens de nível por outras desniveladas, vedar o perímetro ferroviário, resguardar a plataforma de cheias e renovar integralmente a via, com substituição dos carris, travessas e balastro.

O resumo não técnico do EIA recorda que uma parte da obra vai desenvolver-se no limite da área classificada da barrinha de Esmoriz/Paramos, mas ainda em espaço urbano, “razão pela qual as comunidades de aves ou outras não são afectadas directamente”.

A execução do projecto fica, contudo, a aguardar que a crise financeira passe, devido às limitações impostas pelo Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).

“Sem prejuízo da análise ao plano de investimentos da REFER, à luz das orientações do PEC, a empresa está a prosseguir com as diligências visando o desenvolvimento dos projectos de investimento necessários ao melhor desempenho da rede ferroviária nacional, para que, em momento oportuno, possam ser executados”, referiu fonte da entidade responsável pela rede ferroviária.

O projecto de modernização do troço Ovar/Gaia, da Linha do Norte, “enquadra-se neste âmbito, estando a REFER, por essa razão, a prosseguir com o processo de Avaliação de Impacte Ambiental”, acrescentou.

Sugerir correcção
Comentar