EUA forçam dois "Sudões" a assegurar referendo livre

A comunidade internacional está de sobreaviso no futuro do Sudão e Barack Obama forçou ontem os líderes sudaneses a garantirem que o referendo - que vai decidir entre a formação de um novo país (o Sudão do Sul) ou a manutenção desta região integrada no país - se realiza mesmo na data prevista, a 9 de Janeiro de 2011.

À margem do terceiro dia da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o Presidente norte-americano esteve com os líderes dos dois "Sudões", e repetiu os apelos da secretária de Estado, Hillary Clinton, para a realização de um sufrágio livre.

Durante mais de duas décadas, ao governo ditatorial muçulmano do Norte opunham-se os rebeldes cristãos do Sul. Só em 2005 as partes realizaram uma trégua negociada que prevê a realização do referendo que agora se aproxima. Mas a complexidade do país - dividido em 25 estados e separado pela diversidade étnica e religiosa - afectou a preparação do referendo. As autoridades nem decidiram quem pode votar.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou um grupo de acompanhamento dos referendos esta semana. Para a Casa Branca, é inevitável a declaração de independência do Sudão do Sul, apesar de especialistas internacionais temerem o ressurgimento de uma guerra civil.

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