"Reavaliação estratégica" volta a atrasar Kasa da Praia

A futura discoteca-restaurante Kasa da Praia, que deverá surgir no que hoje são as ruínas do edifício do antigo Colégio Luso-Internacional do Porto, na frente marítima do Parque da Cidade, já não será inaugurada este ano. O que contraria os anteriores anúncios do promotor do projecto, o grupo K, dono da discoteca Kapital em Lisboa, e de outros espaços, que primeiro apontou o presente mês e, numa segunda fase, o final deste ano para a abertura do novo espaço.

"Houve necessidade de fazermos uma reavaliação estratégica. O grupo tinha outros investimentos em curso e foi preciso reavaliar toda a estratégia", justificou ao PÚBLICO Paulo Dâmaso, director de comunicação do grupo K. Este responsável salienta que se trata de um investimento "entre cinco e seis milhões de euros" e aponta agora novas datas para a sua concretização: "Julgamos que a obra se irá iniciar no próximo mês, em Outubro, devendo ser inaugurada em Setembro do ano que vem."

Paulo Dâmaso vincou ainda que, apesar do atraso verificado, "o projecto mantém-se fiel" à sua versão inicial. "Será do mais moderno que existe", enalteceu, acrescentando também que se respeitará a fachada do edifício.

O futuro espaço irá dispor de um restaurante no rés-do-chão, enquanto o piso intermédio acolherá um bar dançante. O arquitecto Filipe Oliveira Dias será o responsável pela recuperação do esqueleto do que também foi a antiga central eléctrica da Companhia Carris de Ferro do Porto, para além do já referido Colégio Luso-Internacional do Porto, neste último caso durante uma década. A recuperação surge mais de sete anos depois de o grupo K ter adquirido o imóvel (em 2003) e de deparar com vários entraves legais à concretização do projecto.

O concurso público para a exploração do edifício foi lançado pela Porto 2001, mas o projecto entregue na autarquia viria a ser recusado em 2004, por ter merecido parecer desfavorável do então Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar). A empresa procedeu às alterações exigidas e o Ippar aprovou o projecto, mas não enviou o parecer favorável à Câmara do Porto. Por isso, em 2006, a autarquia chegou a ameaçar arquivar o processo, tendo acabado por o licenciar em 2009. com Lusa

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