Sete portugueses e dois angolanos na Bienal de São Paulo pela internacionalização da arte portuguesa

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João Aidos, director-geral da Direcção-Geral das Artes Miriam Lago

Pedro Barateiro, Pedro Costa, António Manuel e Artur Barrio, Filipa César, Carlos Bunga e Maria Lusitano Santos, Yonamine e Kiluanji Kia Henda.

A presença portuguesa na próxima edição da Bienal de São Paulo faz parte da estratégia de internacionalização da produção artística de Portugal, disse à Lusa um responsável pelo processo.  

João Aidos, director-geral da Direcção-Geral das Artes (DG Artes), afirmou que a Bienal de São Paulo, como um dos mais importantes eventos de arte, é uma "grande oportunidade" para dar a conhecer a produção artística portuguesa.

"A ideia é apostar na internacionalização das artes plásticas dentro dos países lusófonos, e o Brasil é claramente uma aposta de divulgação da produção para galeristas, directores de museus e artistas", disse.

Com abertura no próximo sábado, a 29ª edição da Bienal de São Paulo apresentará obras de 160 artistas de diversos países, com um público estimado de 300 mil visitantes até 12 de Dezembro. Como não há representações por países, como em edições anteriores, os sete artistas portugueses e dois angolanos que participam do evento deste ano foram convidados pelos organizadores.

Entre os convidados estão Pedro Barateiro, Pedro Costa, António Manuel e Artur Barrio (radicados no Brasil), Filipa César, Carlos Bunga e Maria Lusitano Santos. Os angolanos Yonamine (radicado em Lisboa) e Kiluanji Kia Henda também foram "apadrinhados" pela DG Artes, como parte da política de apoio a artistas africanos.

A participação portuguesa incluiu igualmente a escola Maus Maus, convidada pela organização para desenvolver um trabalho de integração entre jovens artistas durante o evento. Até Novembro, cinco alunos da escola permanecerão no Brasil para partilhar experiências com artistas brasileiros, sendo que o resultado dessa residência será transformado futuramente em uma exposição.

"Essa bienal terá um grande impacto porque o Brasil passa por um momento interessante, não se ouve falar de crises por aqui, ao contrário da Europa", salientou a subdirectora da DGA, Fátima Pereira.

Com o tema "Política da Arte", os organizadores querem aproximar o evento do quotidiano das pessoas, mostrando que a produção artística não pode ser dissociada da realidade.

Uma das obras que já está a levantar polêmica é a do artista brasileiro Gil Vicente, criador de desenhos feitos com carvão em que se autorretrata assassinando líderes mundiais, como Lula da Silva, George Bush e o Papa Bento XVI.

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