Ema & Gui Os bonecos de trapos da RTP2

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Série inovadora em tecido da produtora Sardinha em Lata estreia-se hoje no espaço infantil Zig Zag

A série é realizada por Nuno Beato e escrita por Marisa Pott e foi feita na Sardinha em Lata, que quis "apostar no lado mais autoral" e fazer a história de Ema, uma menina de 5 anos com botas mágicas que a levam a universos novos. Tem um amigo imaginário, Gui, de 4 anos. E os dois são bonecos de trapos animados. Ou seja: são as primeiras estrelas de televisão desta dimensão em tecido animado em Portugal, pela produtora de Nuno Beato e de José Pedro Rodrigues, autor de A Suspeita, vencedora do prémio Cartoon D"Or em 2000. São mais de seis horas de animação feitas ao longo de seis anos, desde a concepção até à concretização e com um orçamento de cerca de 740 mil euros. "O tecido é o luxo, o computador é que o torna barato", sorri Nuno Beato. Rosa Baptista, que faz ilustração em tecido, alinhavou os primeiros esboços. Depois, Nuno Beato e a sua equipa animaram. Processos vários, da digitalização à pós-produção, ocuparam entre 15 e 20 pessoas.

"É uma responsabilidade enorme fazer televisão, especialmente para crianças", conta Nuno Beato ao P2, no cálido estúdio da Pontinha da Sardinha em Lata. Mas o objectivo é que os miúdos dos quatro aos sete anos pensem: "Esta é uma série que dá vontade de tocar". Outra ideia a reter: Ema & Gui foi feita de raiz a contar com o mercado internacional. Já está dobrada em inglês, já passa na televisão da Catalunha, há negociações para Brasil, República Checa e Japão e uma peça de teatro de marionetas e um livro infantil para o Natal

Quando falamos nestes mercados, a pergunta natural sobre influências e outros estilos de animação surge com naturalidade. Nuno Beato responde: "A minha geração e outras da animação portuguesa são muito influenciadas pelo que o Vasco Granja nos mostrava". A série é uma co-produção Sardinha em Lata, RTP, Big Picture, Stor Fisk e Televisió da Catalunya, e teve o apoio do Fundo de Investimento para o Cinema Audiovisual, do Instituto do Cinema e Audiovisual e da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo. Joana Amaral Cardoso

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