Os jogos com o Benfica, que pediu aos adeptos para falharem os encontros fora da equipa, representam elevadas percentagens das assistências da época dos clubes da Liga portuguesa de futebol.

Na segunda-feira, os órgãos sociais do Benfica pediram aos adeptos “encarnados” para não comparecerem nos encontros fora, como protesto contra a arbitragem e os preços altos dos bilhetes.

Analisando um clube do Norte (Rio Ave), um do Centro (Académica) e um do Sul (Olhanense), é possível ver a importância que as visitas das “águias” têm para os cofres das equipas mais pequenas.

O Estádio Municipal de Coimbra recebeu, na última temporada, 74 396 adeptos ao longo de toda a temporada, dos quais 21 742 apenas no encontro com os “encarnados”, o que representa 29,2 por cento do total.

No somatório das três últimas temporadas, estiveram 267 156 adeptos no recinto da Académica, com 59 790 nos três jogos com o Benfica, 22,4 por cento do total.

Neste período, o FC Porto levou 28 427 adeptos (10,6 por cento) a Coimbra, enquanto o Sporting teve uma assistência de 33 281 espectadores (12,5).

Em Vila do Conde, a vantagem “encarnada” também é notória, com 7060 adeptos na última temporada (18,2 por cento do total, sendo que, em 2009/10, foram 10 426 os espectadores (21 por cento) que estiveram no Estádio do Rio Ave.

Nas duas últimas épocas -- há três o Rio Ave estava na Liga de Honra --, foram 14 486 espectadores que assistiram aos jogos do Benfica, num total de 88 560, representando 19,7 por cento.

O Sporting levou, em dois anos, 6934 adeptos a Vila dos Conde, 7,8 por cento do total, enquanto o FC Porto apenas teve 6137 (6,9 por cento).

O Olhanense, que fez o Algarve regressar à Liga principal na última temporada, tece a sua principal casa, frente ao Benfica, num jogo visto por 8206 pessoas (12,5 por cento).

O FC Porto teve 7987 espectadores (12,2 por cento) no seu jogo em Olhão, enquanto o Sporting levou 3801 adeptos (5,38) ao Estádio José Arcanjo.