Paulo Rangel defende "corte radical na despesa" para dar "credibilidade externa" ao país

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Rangel criticou ainda o Governo pela forma como lidou com a introdução de portagens nas SCUT Foto: Nélson Garrido

O eurodeputado Paulo Rangel defendeu hoje ser necessário sentido de responsabilidade e um orçamento que “corte radicalmente na despesa” para que “o país ganhe credibilidade externa”.

“O Governo tem de apresentar um orçamento em que corte radicalmente na despesa. Isso é absolutamente essencial para que o país ganhe alguma credibilidade externa”, afirmou Rangel, à margem de um encontro em Matosinhos para denunciar problemas ambientais no Porto de Leixões.

Para Rangel, a situação do país é “muito difícil” pelo que “é preciso um grande sentido de responsabilidade que tem de começar no Governo”.

“O governo, que continua com TGV’s e terceiras travessias, continua a não dar qualquer sinal de responsabilidade. Pelo contrário, parece estar a querer governar para captar votos numa altura em que deveria estar a governar para resolver problemas gravíssimos no País que vão ter consequências sociais muito sérias no curto-médio prazo”, salientou.

Rangel criticou ainda o Governo pela forma como lidou com a introdução de portagens nas SCUT, considerando que foi “a maior trapalhada que alguma vez foi criada” e que o esquema de benesses na compra do chip “vai levar às maiores injustiças”.

“Este tipo de situação é inaceitável e revela a total incompetência do Governo para resolver um problema que foram os socialistas - e num governo em que estava José Sócrates - que criaram que foi a ideia de que se podiam construir auto-estradas sem que os utilizadores tivessem que paga”, sublinhou.

As últimas propostas do PSD – defesa universal de introdução de portagens nas SCUT e revisão constitucional – causaram algum desconforto mas o eurodeputado não acredita terem tido qualquer influência nos resultados de recentes sondagens que mostram a queda dos sociais-democratas.

“Acho que o país se encontra numa situação de impasse e estas sondagens, com a relatividade que têm todas as sondagens, espelham a ideia de impasse”, defendeu.

Frisando não dar “um valor excessivo” às sondagens, explicou que as mesmas “têm esse sentido simbólico de retratarem o impasse em que se encontra o país e a necessidade que temos neste momento de dar um sinal muito forte, principalmente exterior, por causa da situação financeira, de que estamos dispostos a resolver os problemas que este governo criou e pelos quais é responsável”.

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