Hulk perdeu os primeiros assaltos com Koteles, mas ganhou o combate

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Os jogadores do FC Porto festejam o golo de Fernando José Manuel Ribeiro / Reuters

Pode não ter tido suspense, mas não faltaram golos. O FC Porto entrou na segunda mão dos play-offs da Liga Europa com a eliminatória resolvida e voltou a vencer o Genk, por 4-2, agora no Estádio do Dragão, oficializando a entrada na fase de grupos. O hat-trick de bolas paradas de Hulk chegou para compensar os golos sofridos, os primeiros da época.

Depois da vantagem de três golos alcançada há uma semana, André Villas-Boas fez três alterações em relação ao seu “onze” ideal deste início de época, apostando em Beto, Souza e Ruben Micael para as vagas de Helton, Varela e Belluschi, mudando também o sistema. Por uma vez, o 4x3x3 foi deixado de lado e o FC Porto jogou quase sempre sem alas. Mas isso não impediu que Hulk, que regressou à equipa depois do período de afastamento por causa da morte de uma familiar, fosse uma das figuras do encontro.

Antes, porém, apareceram os adeptos do Genk, que “enervaram” o estádio com o lançamento de vários petardos e Maicon, que permitiu a primeira oportunidade do jogo a Yeboah – um erro desaconselhável, especialmente com Otamendi já na cidade.

A atenção virou-se depois para a outra baliza, onde Falcao, Hulk e João Moutinho não conseguiram bater Laszlo Koteles, uma das sete mudanças de Frank Vercauteren no “onze” do clube visitante, que depois do resultado negativo obtido em casa passou a apostar tudo no campeonato da Bélgica, do qual é líder. Mas foi Beto o primeiro guarda-redes batido, graças a um golo oportuno de Jelle Vossen (22’).

No minuto seguinte, Hulk conquistou e falhou um penálti. Parecia que ia ser uma noite má para o avançado, que pouco depois rematou novamente mais em força do que em jeito e voltou a perder o duelo com o guarda-redes húngaro. No entanto, aos 36’, de longe “foi” mais perto e o brasileiro empatou de livre directo. A balança do duelo começou a equilibrar-se.

Entretenimento não faltou no Dragão. As oportunidades sucederam-se – como na primeira mão, o Genk, que chegou ao Porto com uma média superior a três golos por jogo, também teve as suas - e não pararam após o intervalo. Nem os golos. Houve quatro do 53.º ao 63.º minuto. Primeiro Fernando, que festejou o seu primeiro desde que chegou ao clube, um símbolo da maior liberdade que agora tem.

Vossen, sempre ele, respondeu e fez o 2-2. Depois Hulk, após uma falta sobre Moutinho, insistiu da marca dos 11 metros e desta vez acertou, antes de fechar a sua conta pessoal e o resultado com mais um livre directo. Koteles começou muito bem, mas acabou mal.

O Genk, com menos solidez, experiência e qualidade do que os “dragões”, não aguentou a troca de golpes. Varela e Sapunaru ainda perderam a oportunidade de aumentar a vantagem, mas o principal estava feito, já há uma semana. O FC Porto garantiu o quinto triunfo em outros tantos jogos oficiais, a continuidade na Europa e 900 mil euros de prémio, receita abaixo daquelas a que está acostumado.

Ficha de jogo

FC Porto, 4


Genk, 2


Jogo no Estádio do Dragão, no Porto. Assistência
33.512 espectadores.

FC Porto

Beto 6, Sapunaru 6, Rolando 7, Maicon 5, Álvaro Pereira 5, Fernando 6, João Moutinho 6 (Belluschi 6, 63’), Ruben Micael 6 (Castro 6, 73’), Souza 7, Hulk 7 e Falcao 6 (Varela 6, 57’).

Treinador

André Villas-Boas

Genk

Koteles 5, Daedeleire 5, Ngcongca 6, Durwael 6 Pudil 5, Camus 6, Tözsér 6, Huysegems 5 (De Bruyne -, 82’), Dugary 7, Vossen 7 (Ogunjimi 5, 63’) e Yeboah 5 (Aquino 6, 73’).

Treinador

Franky Vercauteren

Árbitro

Georgios Daloukas 7, da Grécia. Amarelos Koteles (23’), Tözsér (30’), Daedeleire (58’), Ndabashinze (58’), Rolando (90+2’) e Pudil (90+2’).

Golos

0-1, por Vossen, aos 22’; 1-1, por Hulk, aos 36’; 2-1, por Fernando, aos 53’; 2-2, por Vossen, aos 56’; 3-2, por Hulk, aos 59’ (g.p.) e 4-2, por Hulk, aos 64’.

Notícia actualizada às 23h25
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