Israel: Polícia recomenda que ex-primeiro-ministro Ehud Olmert responda por corrupção

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Olmert teria sido subornado para facilitar projectos imobiliários Baz Ratner/REUTERS

A polícia israelita anunciou que vai recomendar a incriminação do antigo primeiro-ministro Ehud Olmert por acusações de ter aceite um suborno e cometido fraudes, noticiou hoje o jornal “Ha'aretz”.

Os investigadores disseram que também têm provas contra várias outras entidades envolvidas no chamado caso Terra Santa, no qual Olmert é suspeito de ter recebido centenas de milhares de shekels (a moeda israelita) em troca da sua influência política como presidente do município de Jerusalém e, depois disso, ministro da Indústria e do Comércio.

Olmert, de 64 anos, primeiro-ministro de Abril de 2006 a Março de 2009, teria recebido dinheiro de agentes imobiliários para autorizar a construção em determinadas zonas e apressar a aprovação de projectos.

A polícia também recomendou que a antiga chefe de gabinete de Ehud Olmert, Shula Zaken, seja acusada por ter de igual modo recebido centenas de milhares de shekels (um shekel vale 20 cêntimos), que teria depositado em contas bancárias de parentes seus. Zaken terá ainda recebido presentes como uma mala valiosa, jóias e mobílias.

Para além disso, os investigadores recomendaram a incriminação de outros funcionários que teriam recebido subornos dos agentes imobiliários de uma série de projectos, incluindo o complexo Terra Santa, o do Vale da Gazela, em Jerusalém, e o do Manara Cliff, empreendimento turístico que aliás nunca chegou a ser concretizado.

A polícia disse que o empresário Hilel Charney, um dos proprietários dos projectos Terra Santa e Manara Cliff, foi um dos que pagou subornos.

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