O melhor ataque foi o guarda-redes

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Falcao marcou o primeiro de três do FC Porto Francois Lenoir/ Reuters

Genk foi votada a cidade mais amigável da Europa por uma comissão de turismo e hojeTorben Joneleit, autor de uma grande penalidade desajeitada, e Eric Matoukou, expulso directamente, esforçaram-se para a localidade belga revalidar o título. O FC Porto, eficaz, beneficiou desses erros para resolver o play-off da Liga Europa na primeira oportunidade e regressar a Portugal com um 0-3 bastante confortável na bagagem. Mas confortável foi precisamente o que este encontro não foi durante largos minutos. Houve a estreia de Ukra e Walter e o primeiro golo de Souza, mas o homem do jogo para os “dragões”, apesar dos três golos, foi Helton.

André Villas-Boas foi forçado a mudar o onze pela primeira vez, porque Hulk, individualizado pelo treinador adjunto do Genk e pelo lesionado João Carlos como o perigo n.º 1 portista, abandonou antes do jogo o estágio por causa da morte de um membro da família. Ukra foi o substituto escolhido, mas hoje faltaram mesmo os rasgos “loucos” do brasileiro – alguém que “abanasse” com o jogo.

Na primeira parte, a grande quantidade de passes errados, em que o líder do campeonato da Bélgica aproveitava para sair veloz para o ataque, cortou qualquer continuidade ao FC Porto. Vossen, Falcao e Moutinho perderam as poucas oportunidades que houve até ao minuto 27, altura em que o central alemão do Genk cometeu falta sobre Falcao num lance inofensivo. O próprio colombiano abriu o marcador, interrompendo o equilíbrio. Courtois, o guarda-redes de 18 anos dos azuis e brancos belgas, não pôde fazer nada, mas foi decisivo mais tarde, ao parar um remate de Ukra.

Após o intervalo, o Genk teve três chances em quatro minutos, destacando-se a defesa de Helton a remate de Barda. Courtois evitou o 0-2 aos 60’ (remate de Falcao, hoje sem ajuda efectiva dos extremos), mas, até à entrada a pés juntos do camaronês sobre Moutinho, foi mesmo o Genk a equipa mais perigosa em campo.

A vantagem numérica e o facto de Villas-Boas ter mexido bem na equipa com as entradas de Souza e Ruben Micael atiraram o FC Porto para um resultado mais confortável. Os dois suplentes fabricaram o 0-2, resultado de um remate fantástico do brasileiro, antes de Helton, que negou golos em barda, frustrar Buffel e Dugary.

O outro golo chegou em cima do minuto 90 e teve a marca de Fernando Belluschi, que assim mascarou a sua exibição menos positiva da temporada.

O FC Porto voltou a não ter facilidades na Bélgica, onde tinha perdido todos os seis encontros oficiais anteriores, mas desta vez o resultado foi bem interessante.

Ficha de jogo

Genk, 0


FC Porto, 3


Jogo no Cristal Arena, na Bélgica. Assistência
cerca de 16 mil espectadores

Genk

Courtois 6, Ngcongca 6, Joneleit 5, 
Matoukou 4, Pudil 6, Tözsér 6, Hubert 6, Buffel 7 (Dugary -, 83’), De Bruyne 6 (Camus -, 86’), Vossen 5 (Ogunjimi 6, 46’) e Barda 5.

FC Porto

Helton 8, Sapunaru 6, Rolando 6, Maicon 5, Álvaro Pereira 6, Belluschi 6, Fernando 7, João Moutinho 6, Ukra 5 (Rúben Micael 6, 74’), Falcao 6 (Walter -, 84’) e Varela 5 (Souza 6, 60’).

Árbitro

Luca Banti 6, de Itália. 


Amarelos

Ukra (18’), Tözsér (28’), Vossen (32’), Maicon (32’), Fernando (64’), Helton (76’), Álvaro Pereira (88’) e Pudil (90+2’).

Vermelho directo

Matoukou (66’).

Golos

0-1, por Falcao, aos 29’ (g.p.); 0-2, por Souza, aos 82’; 0-3, por Belluschi, aos 90’.

Notícia actualizada às 23h47
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