A “melhor equipa do mundo” mostrou demasiados defeitos antigos

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O Sporting começou bem, mas acabou por perder na estreia na liga Fernando Veludo/NFactos

Um golo de Mário Rondón deu os três pontos ao Paços de Ferreira num jogo em que o Sporting teve o domínio territorial mas onde lhe faltou pontaria.

O Sporting ainda não entrou neste campeonato. Em Paços de Ferreira, a nova equipa de Paulo Sérgio ameaçou com mudanças, mas abandonou o terreno de jogo com a cara de poucos amigos com que se tinha despedido do último campeonato. A culpa foi daquele golo de Rondón (1-0).

É quase tão arrojado dizer que “a melhor equipa do mundo” (palavras do treinador sportinguista) esteve em Paços de Ferreira como chamar relvado ao piso que cobre a Mata Real. Num terreno sem condições, houve uma equipa que evoluiu, que mostrou mais vontade em conquistar os três pontos, uma equipa nova, mas com defeitos velhos, que tardaram mas acabariam por chegar – quase todos na segunda metade do encontro.

O Sporting, com quatro reforços em campo (Evaldo e Nuno Coelho, Maniche e Valdés), dispôs das melhores oportunidades da primeira parte, mas jogou mais por reacção do que por iniciativa própria. Precisou de ver Rondón esticar-se para tentar dar seguimento ao cruzamento de Manuel José (19’) para fazer pela vida. Seguiu-se uma série de boas oportunidades construídas e desperdiçadas pelos “leões”, um detalhe que sobreviveu à pré-temporada.

Hélder Postiga, parceiro de Liedson, foi o jogador que mais perto esteve de festejar. À primeira tentativa, aos 21’, o seu remate esbarrou em Cássio. À segunda, instantes depois, acertou de cabeça na trave. Até ao intervalo, foram mais três os lances dignos de registo. Pouca força de Polga (26’), direcção ligeiramente desviada de Carriço (36’) e mais um desvio de Cássio a remate de Liedson (43’).

De regresso a Paços de Ferreira, Paulo Sérgio até viu a sua equipa corrigir posições para a segunda parte. O Sporting estava mais solto. Mas mais solto rapidamente se transformou em mais permeável.

Aparentemente com o jogo nas mãos (e já com Vukcevic no lugar de Valdés, que não se mostrou), a defesa sportinguista apagou-se de repente, aos 59’. Aproveitou Mário Rondón para inaugurar o placard – ele que podia ter ampliado pouco depois, num lance inventado pelo adolescente Caetano.

Num ápice, o novo Sporting era o velho Sporting. Correrias desgovernadas, substituições apressadas, um monte de jogadores a povoar a área adversária e pouco tino. Carriço dera o lugar a Djaló. Maniche, o mais desenrascado durante a primeira hora, já não podia com a equipa às costas. Há muito tempo que a festa já era do Paços de Ferreira.

Ficha de jogo

Jogo no Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira.
Assistência Cerca de 8 mil espectadores.

Paços de Ferreira
Cássio 7, Baiano 6, Samuel 6, Bura 5, Jorginho 5, André Leão 5, Manuel José 6 (Pedro Queirós -, 90’+2’), Leonel Olímpio 5, David Simão 6 (Cohene -, 80’), Caetano 6 (Nuno Santos -, 88’) e Mário Rondón 6.
Treinador Rui Vitória


Sporting
Rui Patrício 5, João Pereira 6, André Coelho 5, Polga 5, Evaldo 5, Matías Fernandez 6 (Saleiro -, 77’), Carriço 6 (Yannick Djaló 4, 69’), Maniche 6, Valdés 4 (Vukcevic 4, 46’), Hélder Postiga 6 e Liedson 6.
Treinador Paulo Sérgio.

Árbitro Artur Soares Dias 7, do Porto.
Amarelos Samuel (71’) e Vukcevic (89’)
Golo 1-0, por Mário Rondón, aos 59’.

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