IC2 será "ataque demolidor" ao Mosteiro da Batalha

O secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, considera a proximidade do IC2 em relação ao Mosteiro da Batalha um "ataque demolidor" ao monumento. As declarações foram proferidas à margem do terceiro Encontro Ibérico de Gestão do Património Mundial, que decorreu até quinta-feira no mosteiro classificado património mundial pela UNESCO.

O secretário de Estado revelou que está prevista a adopção de medidas para diminuir o tráfego automóvel naquela via, onde circulam 40 a 50 mil viaturas por dia, reduzir a velocidade através de uma intervenção ao nível do piso, e criar uma "barreira arbórea" para atenuar o problema da poluição, que está a contribuir para degradar o monumento. "O nosso objectivo é proteger o monumento", garantiu Elísio Summavielle. Não avançou, contudo, uma data para concretizar as medidas, acrescentando que serão adoptadas nesta legislatura. O governante referiu que a localização do IC2 junto do mosteiro foi determinada por Oliveira Salazar, porque queria que o povo visse o monumento.

A preocupação com os impactos negativos provocados pela passagem do IC2 junto do mosteiro foi reforçada na sessão de encerramento pelo presidente do município, António Lucas. O autarca referiu a necessidade de a variante à Batalha avançar rapidamente, para permitir retirar o trânsito da frente do mosteiro, já que os gases emitidos e a trepidação provocada pelos veículos estão a ter consequências nefastas no interior do monumento. A cobrança de portagens para circular na variante poderá, no entanto, ter um impacto menor do que seria desejável. A.B.

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