Sónar, agora também em galego

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Flying Lotus

Este ano, o festival de Barcelona fica mais perto: extensão na Corunha, de 17 a 19 de Junho

A grande novidade da edição 2010 do Festival Sónar, que se realiza há 17 anos em Barcelona, é a extensão para a Corunha, na Galiza. Entre 17 e 19 de Junho, o mundo das electrónicas, e tudo à volta, vai concentrar-se nessas duas cidades.

O menu é tão vasto e diverso que cada um pode construir o seu festival. Para além de Flying Lotus, há LCD Soundsystem, Air, Hot Chip, Matthew Herbert, Uffie, Broadcast, Alva Noto & Blixa Bargeld, Delorean, 2ManyDjs, Aeroplane, Caribou, Dizzee Rascal, Joy Orbison, King Midas Sound, Moodyman, Plastikman, Roxy Music ou Zomby. Nos últimos anos, os Buraka Som Sistema, representaram em grande estilo Portugal. Desta feita, vão estar presentes os Octa Push (Corunha) e os Photonz (Barcelona).

Um festival, quando é realmente bom, não se esgota nos dias em que decorre. Deixa uma marca ao longo do ano. Quem tem acompanhado o Sónar sabe que é assim. O seu impacto já não se mede, em exclusivo, pelos acontecimentos musicais, mais ou menos relevantes, mas sim pelo que acontece em redor. Pelo que provoca. Pelo rasto que deixa. Nesse sentido, o Sónar acompanhou o crescimento da cidade de Barcelona. Impulsionou-o. Deu-lhe sentido, atraindo gente de todo o mundo. Hoje o Sónar é marca universal.

É um evento verdadeiramente internacional, criado para um público não passivo, convidado a criar o seu próprio roteiro, por entre propostas de música, mas também exposições, cinema, arte multimédia ou conferências. Todos os anos o festival se reinventa e permanece o mesmo. A linha programática mantém-se, num compromisso entre os mais recentes rumos da música popular e formas embrionárias, num todo em que convivem figuras históricas que marcaram o presente e muitas revelações. No final de cada edição, sintetizam-se os últimos meses e lançam-se os próximos.

Em Barcelona, de há alguns anos a esta parte, a procura de bilhetes - para as sessões diurnas - tem sido superior à oferta. A organização tem tentado que o festival não cresça, desvirtuando-se. Também por isso, surge agora este Sónar em versão dupla.

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