Portugal e Venezuela preparam plano de combate à crise

A anteceder a visita de José Sócrates, Luís Amado e homólogo de Caracas estudam agenda económica

Os Governos de Portugal e da Venezuela vão transformar a "muito importante" agenda económica bilateral num "plano económico para enfrentar a crise", revelou ontem o ministro de Relações Exteriores da Venezuela. Nicolás Maduro falou depois de um encontro com o seu homólogo português, Luís Amado, que iniciou sábado uma curta visita a Caracas, antecedendo a visita oficial de José Sócrates, no final desta semana.

A Venezuela passou a ser "um mercado muito importante" para as exportações portuguesas, representando um espaço de oportunidades de negócios para Portugal, afirmou por seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros português. Segundo Luís Amado, "é preciso ter em consideração que a relação com a Venezuela ganhou nos últimos anos uma dinâmica muito particular nos planos político e económico; há a registar mais de uma vintena de visitas, a nível político, de membros do Governo português e de membros do Governo da Venezuela a Portugal".

Nicolás Maduro sublinhou ainda que a visita oficial do primeiro-ministro de Portugal, com uma ampla delegação do Governo português, "será a oportunidade, com o comandante Hugo Chávez, Presidente da República, para estabelecer a agenda e a rota de desenvolvimento desta aliança económica Portugal/Venezuela".

Sobre a reunião com Luís Amado, precisou que "foi muito elucidativa sobre o que é a crise da economia capitalista europeia" e que ambos apostam em "estudar" projectos conjuntos de desenvolvimento. Recordou que está em marcha o projecto de instalação, na Venezuela, de uma fábrica de computadores Canaima (nome local dos portáteis Magalhães), a ampliação do porto de La Guaira e a construção de vários milhares de habitações com empresas portuguesas. Há ainda alianças para a participação da Galp na faixa petrolífera de Orinoco. Lusa

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