PSD e CDS não se entendem na questão dos contentores

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PS diz que concessão é legal

Revogação ou suspensão. São estas as opções que serão colocadas à votação no plenário da Assembleia da República, depois de ontem PSD e CDS não terem chegado a acordo para um texto final sobre o alargamento do prazo de concessão do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa.

Na comissão de Obras Públicas, para a qual os projectos do PSD e do CDS desceram sem votação, o PSD insistiu na revogação do decreto-lei que permite prolongar por 27 anos a concessão à Liscont (do grupo Mota-Engil), sem concurso público. E nesse campo tem o apoio do PCP, do BE e do PEV (cujos projectos de revogação já foram chumbados). Pelo contrário, o CDS defende a suspensão do contrato e a renegociação entre a Liscont e a Administração do Porto de Lisboa, com vista a evitar que seja paga uma "avultada indemnização".

Pelo PS, o deputado João Paulo Correia (ex-chefe de gabinete da antiga secretária de Estado dos Transportes) defendeu que o negócio respeitou a legalidade e o interesse público. O resultado da votação final em plenário é ainda uma incógnita. O projecto do PSD passará se o CDS se abstiver - hipótese admitida pelo deputado centrista Hélder Amaral - mesmo que o PS vote contra. E nesse caso já não será votado o projecto do CDS por propor uma solução contraditória com a do PSD. Sofia Rodrigues

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