Praça de touros transformada em centro do cluster do Norte para a economia do mar

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A autarquia declarou a cidade livre de touradas e adquiriu a praça pelo preço simbólico de 5 euros paulo ricca

Futuro Centro do Mar destina-se a coordenar as actividades económicas em três áreas principais: turismo, investigação relacionada com a água e formação/certificação

A Praça de Touros de Viana do Castelo poderá ser transformada em Centro de Mar, no âmbito do Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, constituído por 61 entidades públicas e privadas do Norte do país. As principais acções a desenvolver no âmbito deste projecto, que pretende contribuir para o reforço do turismo e dos desportos náuticos, são, entre outras, o Centro de Mar a instalar na capital do Alto Minho, o Terminal de Cruzeiros de Leixões e o Parque de Ciência e Tecnologia do Mar da Universidade do Porto, cujo arranque foi assinalado, recentemente, pelo primeiro-ministro. Para dinamizar este cluster, foi constituída uma associação, a Oceano XXI, cujos sócios fundadores são a Associação Mar Centro e o Instituto para o Desenvolvimento do Conhecimento do Mar.

A Praça de Touros foi adquirida em 2008 pela autarquia pelo preço simbólico de cinco euros, para ser transformada em Centro de Ciência Viva. O projecto do ex-autarca socialista Defensor Moura mostrou-se agora desadequado face à intenção do actual executivo, liderado pelo também socialista José Maria Costa, em dar "grande visibilidade" às actividades ligadas ao mar como forma de rentabilizar economicamente aquele sector.

Considerado como um dos projectos-âncora do cluster, este centro será um núcleo central de coordenação e dinamização de actividades económicas potenciadoras do desenvolvimento da região. A sua actividade assenta em três grandes áreas: o turismo, a investigação relacionada com a água (mar e rios) e a formação/certificação, enquanto pilar promotor de uma "cultura do mar" e da qualificação e desenvolvimento.

O projecto vem ao encontro da nova aposta da autarquia de transformar Viana numa cidade náutica do Atlântico, que está a ser equacionada no âmbito do Plano Estratégico da cidade até 2013, e foi traçado pela Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SAER, Lda). O investimento deverá rondar os 39 milhões de euros e pretende contribuir para o desenvolvimento económico e social de toda a região.

Trata-se de uma aposta da Comunidade Urbana Valimar, composta pelos municípios de Viana, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Caminha e Esposende, e engloba a criação do edifício farol, em Viana, um centro de desportos náuticos de nível europeu; o centro de remo de Touvedo, em Ponte da Barca; uma marina atlântica de dimensão internacional e serviços de apoio à náutica; um centro de talassoterapia; um museu marítimo com quatro pólos dispersos pelo território da Valimar; um museu da fruição da água, em Arcos de Valdevez, e um centro de investigação do mar e dos rios.

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