Quadros da Galp reunidos após compra de redes em Moçambique, Suazilândia e Gâmbia

A Galp Energia realiza hoje em Cascais o 1.º encontro internacional de quadros das suas filiais africanas de distribuição de produtos petrolíferos, depois das aquisições das redes de distribuição da Shell em Moçambique, na Suazilândia e na Gâmbia.

O encontro, que decorre hoje e sexta feira, vai contar com cerca de 54 participantes da ‘Internacional Oil’, a unidade de negócio da petrolífera responsável pela gestão das operações de distribuição e comercialização de combustíveis líquidos, GPL e lubrificantes fora da Península Ibérica.

A presença da Galp Energia no mercado africano da distribuição de produtos petrolíferos está localizada em três eixos: África Ocidental, que inclui Cabo Verde, a Gâmbia e Guiné-Bissau, África Austral-Atlântico, centrado em Angola, e África Austral-Índico, que inclui Moçambique e a Suazilândia.

O desempenho da Galp, em 2009, nestes seis países - onde tem ao todo 98 estações de serviço e nove parques de armazenagem - ficou marcado por um crescimento anual do EBITDA de 140 por cento para cerca de 21 milhões de euros, segundo dados fornecidos pela empresa à Lusa.

O investimento, se excluídos os valores associados às aquisições que a empresa fez naquele continente em 2009, também duplicou face a 2008, para cerca de 9 milhões de euros.

Nos seis países em questão, a Galp vendeu, em 2009, 600 mil toneladas de produtos petrolíferos, o que representa um aumento de 13 por cento face a 2008. Em Angola é onde a empresa detém a menor quota de mercado - 13 por cento -, enquanto Cabo Verde lidera com uma quota de mercado de 55 por cento.

Aliás, entre os factos mais importantes que a empresa destaca da ‘Internacional Oil’, no ano passado, está a liderança de mercado da Enacol, a empresa nacional de combustíveis de Cabo Verde, que ao atingir aquela percentagem global do mercado cresceu 5,6 por cento face ao ano anterior.

Esta liderança, segundo e Galp, foi conquistada à Royal Dutch Shell que, em conjunto com a Enacol, disputam o mercado de combustíveis de Cabo Verde.

Em Cabo Verde os dois objectivos estratégicos da Galp passam pela “consolidação da liderança do mercado com investimentos previstos para as áreas de negócio do retalho, da aviação e da marinha” e a “reorganização ao nível interno, com introdução de novas práticas de gestão destinadas a aumentar a eficiência e produtividade dos colaboradores”, referem.

De acordo com a Galp, “existe um conjunto de situações actuais e esperadas no curto-médio prazo, que podem potenciar o crescimento da actividade económica da Enacol”, nomeadamente, uma “parceria especial com a União Europeia que contempla uma política de cooperação em áreas como a política, desenvolvimento sustentável, comércio internacional, ciência e cultura”, o “programa de infra-estruturas do país”, o “crescimento consistente da economia” - cuja previsão é de 4 por cento para 2010 - e a “estabilidade política do país.

Em 2009 a Galp assumiu-se como a maior accionista da Enacol, aumentando a sua participação para 48,3 por cento. A Sonangol é o segundo maior accionista da empresa.

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