Movimento cívico da Alta de Lisboa alarga-se a toda a cidade para melhor pressionar poder

Criado há cinco anos para defender os moradores do novo bairro da capital, o "Viver Lisboa" quer agora estender a sua actuação a toda a cidade

O nome encurtou mas o objectivo tornou-se bem maior. O projecto "Viver na Alta de Lisboa", nascido no novo bairro da zona do alto do Lumiar, vai passar a chamar-se "Viver Lisboa" e a abranger toda a cidade.

Criado há cinco anos, este movimento começou por um blogue para depois se tornar num site actualizado diariamente, que se propõe acompanhar e defender os interesses dos moradores da Alta de Lisboa, uma zona com capacidade para 65 mil habitantes, ligada ao centro da cidade através do Campo Grande. A partir de agora, deixou de haver fronteiras.

"Ao tratar dos problemas da Alta de Lisboa percebemos que só poderíamos fazê-lo compreendendo toda a cidade", revela Tiago Figueiredo, um dos membros do movimento. A preocupação é global, pois é "toda a capital que está doente", destaca. Além disso, ao alargar o seu campo de actuação, o movimento "aumenta a sua massa crítica, poder de comunicação e capacidade de pressionar o poder político" que, segundo Tiago Figueiredo, "se fecha muitas vezes numa torre de marfim, impossível de contactar". O "Viver Lisboa" conta com 19 colaboradores, mas pretende alargar a sua rede de contributos.

Entre as principais iniciativas do "Viver Lisboa" está o CineConchas (mostra de cinema ao ar livre), o CineCidade (debates de arquitectura sobre um filme) ou o documentário Vizinhos. Além disso, tem enviado várias propostas à autarquia para melhoria do espaço público, a maioria das quais "não tem sido acatada". Uma das excepções é uma rotunda na Alta de Lisboa, exigida pelo movimento para substituir um perigoso cruzamento com 18 faixas.

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