Greve dos enfermeiros com adesão de cerca de 50 por cento, segundo Ministério da Saúde

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Os enfermeiros reivindicam uma actualização dos salários Fernando Veludo/NFactos

Segundo os mesmos dados, do total de 4932 enfermeiros escalados para os diversos serviços e hospitais, 2495 fizeram greve, o que resulta numa percentagem de 50,59 por cento.

A greve, decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), começou às 14h00 de hoje e termina às 8h00 de quinta-feira. O protesto durará na prática menos tempo do que a anterior greve, realizada em Janeiro.

A anterior paralisação abrangeu três dias completos. Desta vez, no entanto, a greve começou com um turno da tarde, que “na maior parte dos centros de saúde não tem esta definição”, e acabará às 8h00 da manhã de quinta-feira, o que significa que todos os enfermeiros terão de ir trabalhar nesse dia, explicou Guadalupe Simões, do SEP. Segundo o sindicato hospitais como os Universitários de Coimbra ou o Garcia de Horta, em Almada, tiveram uma adesão à greve mais de 90 por cento.

A sindicalista lembrou que na origem da greve continua a estar o “sentimento de discriminação que os enfermeiros sentem por parte do Ministério da Saúde”.

Segundo Gudalupe Simões, a tutela “relega os enfermeiros para licenciados de segunda”, ao não serem pagos conforme a lei: “Se um nutricionista ou um advogado ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital seria por um mínimo de 1200 euros, enquanto para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter de 1020 euros até 2013”.

A responsável acrescentou não haver “preocupações acrescidas [para os utentes], porque na situação de uma doença súbita os enfermeiros estão a prestar serviços mínimos em todos os serviços de urgência”.

Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à Lusa, no fim de semana, que a tutela respeita o direito à greve dos enfermeiros, mas lamenta um protesto destes quando decorrem ainda negociações entre as duas partes.

io da Saúde disse à Lusa, no fim de semana, que a tutela respeita o direito à greve dos enfermeiros, mas lamenta um protesto destes quando decorrem ainda negociações entre as duas partes.

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