PS cede e fica à espera da abstenção do PSD

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O Governo cedeu nas obras públicas Daniel Rocha

Na prática, os socialistas cederam nesta questão que a líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, transformou em bandeira na campanha – o não ao TGV e às grandes obras públicas.

O PÚBLICO sabe que as conversações com base nas bancadas do PS e do PSD foram praticamente concluídas na noite de quarta-feira, mas que “alguns pormenores” foram acertados em contactos telefónicos hoje de manhã.

Os sociais-democratas opunham-se à inclusão de uma parte do texto em que se fazem elogios ao Governo e tinham também reservas a votar uma resolução que colava o partido aos objectivos do PEC de redução do défice e do controlo do crescimento da dívida pública, mas também “às medidas”.

O PS reuniu a sua bancada hoje de manhã, pouco depois das 11h00, para discutir o assunto, tendo Francisco Assis anunciado logo no início o acordo de princípio com o PSD.

À mesma hora, também no Parlamento, estava reunido o grupo parlamentar do PSD, mas a reunião prolongou-se mais.

A divulgação do texto final da resolução, resultado da negociação entre os dois maiores partidos, estava dependente do final da reunião dos sociais-democratas.

No final do encontro da bancada socialista, o líder parlamentar, Francisco Assis, disse esperar “uma atituide responsável” por parte do PSD quanto à resolução sobre o PEC. Porque o programa hoje em debate no Parlamento, que o PS faz acompanhar por um projecto de resolução, tem “a mesma importância que o Orçamento do Estado”. Em que os sociais-democratas se abstiveram, com o CDS, que desta vez vai votar contra, juntamente com o PCP, BE e PEV.

Entre os dirigentes socialistas receava-se uma divisão na bancada do PSD, em que, quarta-feira, muitos deputados defenderam o voto contra no projecto de resolução.

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