Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia abre em 2013 sem lojas, escritórios ou hotel

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O projecto lançado há três anos foi abandonado após forte contestação

O novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, empreitada com um custo de 25,5 milhões de euros e conclusão prevista para 2013, pouco ou nada tem a ver com o projecto apresentado pela Administração do Porto de Lisboa (APL) há três anos e que tanta contestação popular e política gerou. A área de intervenção é menor, as valências de hotelaria, comércio e escritórios foram abandonadas e o edifício da gare marítima deverá ser perpendicular e não paralelo à margem do Tejo.

O concurso público de concepção para a elaboração do projecto do terminal de cruzeiros foi lançado ontem e, no entender do presidente da Câmara de Lisboa, "assinala bem uma nova era no relacionamento entre a câmara e a APL". Este equipamento, sublinhou António Costa numa clara crítica à forma como o processo foi conduzido quando aquela entidade era presidida por Manuel Frasquilho, "é essencial, prioritário e devemos fazê-lo em conjunto".

"Ter um terminal de cruzeiros moderno, capaz de dar resposta às exigências crescentes da actividade é há muito uma ambição do Porto de Lisboa, hoje partilhada com a câmara", afirmou Natércia Cabral, actual presidente da APL. A nova gare terá uma extensão de cerca de 1100 metros acostáveis, permitindo a recepção de cinco navios, três deles de grande porte.

O projecto a desenvolver incluirá um estacionamento subterrâneo e a criação de uma praça no seguimento do edifício da Alfândega de Lisboa. Neste momento, a APL está a desenvolver a segunda de três obras prévias de reabilitação e reforço do cais, com um custo global de mais de 65 milhões de euros.

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