Mais de metade dos trabalhadores já abandonou BPP

“Dos mais de 200 colaboradores existentes no BPP antes do início da crise financeira, hoje só restam pouco menos de 100 trabalhadores”, afirmou à Lusa Miguel Pereira da Trindade, representante dos colaboradores sindicalizados do banco fundado por João Rendeiro.

Numa nota de imprensa hoje enviada, a direcção do sindicato dos bancários considerou que “num momento em que tudo aponta que o Fundo Especial de Investimento (FEI) seja a solução possível para o problema dos clientes, é chegada a hora de investir na viabilização do BPP e na manutenção dos postos de trabalho. O Governo e os accionistas não mais podem adiar a solução”.

Na mesma nota, é dito que “o Governo e a Privado Holding têm de honrar os seus deveres” e que os trabalhadores do BPP e as suas famílias também “são vítimas do ‘caso BPP’”.

De acordo com o sindicato, “na presente fase de princípio de recuperação da crise internacional e quando se pretende a estabilidade e crescimento do País, ninguém compreenderá a falência de um banco em Portugal. E, se isso acontecer, Portugal e os portugueses sofrerão por isso”.

Miguel Pereira da Trindade reforçou à Lusa que “os colaboradores que ficaram no BPP deram o litro para serem parte da solução para os clientes, por isso, não merecem ser esquecidos pelas autoridades. É uma injustiça”.

A mesma fonte sindical frisou que “os trabalhadores lamentam que o Governo não viabilize o banco, nem encontre uma solução para os trabalhadores”, recordando que “o acordo com a Orey salvaguardava os postos de trabalho, pelo que era uma boa solução”.

O responsável disse ainda que será “muito difícil reintegrar no mercado bancário, nesta altura, quadros altamente qualificados que estão no BPP”.

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