Fabricante da Mercedes-Benz acusada de subornar vários governos
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Daimler de pagar dezenas de milhões de dólares em subornos a funcionários de, pelo menos, 22 governos, entre os quais a China, Rússia, Egipto e Grécia.
A acusação do Departamento de Justiça americano refere que os pagamentos foram efectuados entre os anos de 1998 e 2008, sendo que, entre os vários assuntos, diz que a Daimler subornou o governo do Iraque de forma a assegurar acordos para venda de automóveis, o que violou o programa “Petróleo por Alimentos” das Nações Unidas.
Outra das alegações diz que a Daimler ofereceu um carro blindado a um funcionário do governo de Turquemenistão como presente de aniversário de forma a garantir o fornecimento de Mercedes aquele país.
Segundo a BBC, a lei americana proíbe as empresas que operem nos Estados Unidos a oferecerem dinheiro a funcionários de governos de outros países e troca de favores.
Uma fonte citada pela BBC junto da Daimler, liderada por Dieter Zetsche desde 2006, afirmou que a empresa alemã se prepara para pagar 185 milhões de dólares (138,7 milhões de euros) ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o regulador de mercado de capitais, a Securities and Exchange Commission.
Se o acordo for para a frente, será o segundo num espaço de quatro meses em que são envolvidas empresas alemãs em alegados subornos.
A Siemens aceitou pagar em Dezembro 1,3 mil milhões de dólares (974 milhões de euros) para acabar com acusações de alegadas corrupções nos Estados Unidos e na Alemanha.