Sindicatos acusam administração da Carris de “pressões” para motoristas trabalharem

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A adminsitração diz que 92 por cento da oferta da empresa está disponível Vasco Neves (arquivo)

“Há muitos motoristas que estão ao serviço por via dessas pressões, pois foram informados de que, se aderissem à greve, os seus contratos não seriam renovados”, relatou Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional de Motoristas, acrescentando tratar-se de “artifícios” da administração da Carris, os quais eram “já esperados”.

Questionado sobre as alegadas pressões por parte da administração da empresa para os trabalhadores não aderirem à greve, o secretário-geral da empresa, Luís Vale, desmentiu as acusações do Sindicato Nacional de Motoristas. “Não corresponde, de todo, à verdade”, garantiu.

Alegadas violações no acordo da empresa por parte da administração estão na origem da greve dos trabalhadores da rodoviária Carris, durante quatro horas, entre as 8h00 e as 12h00 de hoje.

Adesão da ordem dos 40 por cento às 8h30

Em causa está o alegado incumprimento das obrigações da empresa em caso de doença, a falta de atribuição das licenças devidas, inexistência de instalações sanitárias e instauração de processos disciplinares considerados pelos trabalhadores como sendo injustificados.

Em declarações à Lusa, Manuel Oliveira garantiu que às 8h30, estava já assegurada uma “adesão à greve na ordem dos 40 por cento”, um valor que não é ainda definitivo, dada a contabilização não estar concluída.

A administração da Carris, por sua vez, afirma que “92 por cento da oferta da empresa está disponível”, assegurando que a transportadora está a “funcionar normalmente”.

“A maioria dos trabalhadores não aderiu à greve, o que demonstra o seu sentido de responsabilidade”, afirmou Luís Vale à Lusa.