Megafundo do BPP conta neste momento com adesão de 40% dos clientes
No último balanço oficial feito num encontro promovido pela administração do BPP em Lisboa, a 24 de Fevereiro, o presidente do banco, Fernando Adão da Fonseca, revelou aos jornalistas que, até à altura, 200 grupos de clientes tinham aderido ao megafundo de retorno absoluto, ou seja, cerca de 10 por cento do total, valor que subiu para 40 por cento com os dados agora revelados.
O megafundo de retorno absoluto, solução patrocinada pelas autoridades para resolver o problema dos clientes do BPP, só avança caso seja constituído por, pelo menos, dois terços dos clientes, ou que representem, no mínimo, 50 por cento do valor dos activos subjacentes aos veículos de investimento.
Os clientes de retorno absoluto do BPP poderão aderir ao Fundo Especial de Investimento (FEI) até ao dia 19 de Março.
Os porta-vozes das três associações - Privado Clientes, Associação de Defesa dos Clientes de Retorno Absoluto e Movimento do Retorno Absoluto - que defendem os interesses dos clientes do BPP estão convencidos de que o FEI vai receber um número suficiente de participantes para ser viável.
“O Estado tem fortes probabilidades de ver o fundo aprovado”, avançou, no final de Fevereiro à Lusa, Durval Padrão, líder do Movimento de Retorno Absoluto.
Segundo vários clientes contactados nos últimos dias pela Lusa, há centenas de clientes que já decidiram aderir ao megafundo, mas estão à espera da aprovação do Orçamento do Estado para 2010, marcada para a próxima sexta feira.
Em causa está a garantia de 250 mil euros prestada pelo Governo aos aderentes ao FEI, que só será oficializada com a aprovação do Orçamento do Estado.