Sporting confirma no Restelo que renasceu das cinzas

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Liedson apontou todos os golos na segunda parte Hugo Correia/Reuters

O leão é o incontornável símbolo do Sporting, mas, paradoxalmente, o actual momento da equipa de futebol de Alvalade será mais bem ilustrado por uma ave: a mitológica “Fénix” que, tal como a equipa de Carlos Carvalhal, renasceu das próprias cinzas. Frente ao Belenenses, Liedson apontou os quatro golos da terceira goleada consecutiva dos “verdes”, mais 
uma vez frente a um adversário de tons “azuis”.

E os “leões” até marcaram o quinto, mas o árbitro anulou (mal) um belíssimo golo de João Moutinho, de calcanhar, por fora-de-jogo. Errou ainda ao não apontar uma grande penalidade de Beto sobre Liedson na primeira parte, que terminou com um empate a zero. A avalanche de futebol ofensivo estava guardada para a segunda metade e deixou os homens de Belém apáticos.

Depois da fome surgiu a fartura para a equipa de Alvalade. Em três jogos a equipa de Carvalhal apontou dez golos e exibiu-se a um nível que já ninguém estava habituado. Esta foi também a resposta do treinador leonino às notícias dos últimos dias que dão como certa a sua saída no final da temporada. Nos jogos que lhe restam, continua a convencer cada vez mais adeptos.

Hoje, as suas iniciativas no banco voltaram a ser fundamentais para o triunfo. Com a equipa a adormecer na fase final do primeiro tempo e com o Belenenses a não manifestar qualquer intenção de assumir o jogo, Carvalhal transformou o seu 4x2x3x1 inicial num 4x4x2, chamando Saleiro (rendeu um Yannick em noite não) para o lado de Liedson.

Os resultados foram imediatos, com o jovem avançado a libertar as amarras de Liedson no ataque. Saleiro iniciou mesmo a jogada do primeiro golo, aos 50’, solicitando Izmailov na esquerda, com o russo a cruzar para um Liedson solto ao segundo poste.

Em desvantagem e obrigada a assumir as despesas do encontro, a equipa de Belém foi forçada a subir no terreno, concedendo espaços aos visitantes que, aos 60’, apontaram o segundo. Quatro minutos depois, Saleiro desmarcou Moutinho para o tal golo anulado, mas o terceiro parecia inevitável, em particular com o novo fôlego que Matías Fernández (entrado aos 72’ para o lugar de Izmailov) trouxe ao ataque sportinguista. Surgiu aos 80’ num bom lance de Liedson e o quarto a dois minutos dos 90’.

O conjunto do Restelo nunca demonstrou capacidade para minimizar os danos e registou a sexta derrota consecutiva, parecendo cada vez mais inevitável a despromoção. Já os “leões”, aproximaram-se um pouco da terceira posição do FC Porto (estão agora a nove pontos), a quem recuperaram cinco pontos nas duas últimas partidas. Acima de tudo, o resultado deixa a equipa confiante em vésperas de defrontar o Atlético de Madrid, nos oitavos-de-final da Liga Europa.

Notícia actualizada às 21h20
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