Venezuela e Espanha reafirmam empenho na luta contra o terrorismo
Os dois Governos adiantaram querer reforçar as suas “relações frutuosas e amigáveis, assentes na cooperação em todos os domínios, incluindo o combate ao terrorismo”. No comunicado conjunto, citado pelo "El País", lê-se ainda que os dois governos “condenam energicamente o terrorismo em todas as suas formas e manifestações” e reiteram o compromisso de continuar a colaborar no âmbito judicial e policial”.
O Governo venezuelano nega neste documento as informações publicadas “sobre uma suposta colaboração com a organização terrorista ETA”. O comunicado pretende atenuar a tensão existente entre os dois países nos últimos dias, depois de o juiz espanhol ter responsabilizado seis alegados membros da ETA e sete das FARC por terem partilhado formação militar e preparado, desde 1999, o assassínio de personalidades colombianas em Espanha e até do Presidente da Colômbia Álvaro Uribe.
O facto levou o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, a pedir esclarecimentos ao Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que respondeu que o seu Governo “não apoia nem apoiará qualquer grupo terrorista” e “não tem explicações a dar, porque apoia a paz”. O chefe da diplomacia espanhola, Miguel Ángel Moratinos, disse mais tarde que não foram pedidas explicações ao Governo de Chávez, mas sim “informações”.
O Presidente venezuelano adiantou que, após estas declarações em Espanha, “a situação voltou ao normal”. Os dois países mantém estreitas relações económicas e algumas das principais empresas espanholas, como a Telefónica, a Repsol ou o BBVA, estão instaladas na Venezuela.