Segundo o relatório da Comissão da Carteira, desencadeado pela queixa de Ismael Ferreira, um dos militantes sociais-democratas citados pela “Sábado” como estando envolvido na compra de votos a troco de dinheiro ou favores, não ficou provado que o jornalista tenha pago alguma quantia a troco da informação.

No relatório, a CCPJ frisa ainda que uma das testemunhas ouvidas no âmbito da queixa contou como foi pedido dinheiro ao jornalista mas que este disse que essa não era uma prática sua ou da “Sábado” para conseguir informação.

A CCPJ dá assim “ a prova produzida como insusceptível de fundamentar qualquer pronúncia contra o jornalista” frisando que só seria crime, de acordo com o Estatuto do Jornalista, “encenar ou falsificar situações com o intuito de abusar da boa fé do público”.

O jornalista já tinha sido também ilibado de má prática profissional pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, em Dezembro, organismo a qual também foi apresentada queixa por Ismael Ferreira.

Em editorial na edição de hoje a “Sábado” frisa que vai processar “autores e cúmplices desta calúnia”, ou seja, todos aqueles que afirmaram ou sugeriram que a revista pagou pela informação. E acrescenta que espera por um pedido de desculpa da direcção do PSD, que ainda não chegou.